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BEM-VINDOS, MARMANJOS
Acervo de Winter Park apresenta jóias, luminárias e vitrais, além de arte decorativa, em 19 galerias
Peças Tiffany abrilhantam museu Morse
DO ENVIADO ESPECIAL A ORLANDO
Louis Comfort Tiffany
(1848-1933) declarou que seu
objetivo de vida era "a busca da
beleza". Filho do famoso joalheiro e, ele mesmo, artista de
primeira grandeza filiado ao estilo art nouveau, criou vidros
opalescentes e deu aos seus
cristais - sobretudo nos vitrais- sutileza tridimensional.
Fez ainda jóias, objetos, como
luminárias, pintou, bordou e
até fotografou...
Sua obra vital pode ser apreciada em Winter Park, nos arredores de Orlando, no museu
Morse de Arte Americana
(www.morsemuseum.org).
Ali, além de uma imensa coleção mostrando a trajetória
artística de Tiffany, com obras,
documentos e fotografias, são
exibidas peças de outros importantes mestres vidreiros:
como mosaicos, jóias e vasos,
artes gráficas e decorativas.
Há ainda nesse museu pinturas americanas dos séculos 19 e
20 de artistas como John Singer Sargent, Robert Henri e
Maxfield Parrish.
Em 19 galerias, o museu
Morse, na 445 North Park Avenue (tel. local: 407/645-5311),
expõe peças de tamanhos e formatos intrigantes. O conjunto
mais imponente talvez seja
uma capela, a Tiffany Chapel,
instalada em uma das galerias.
Ali, nesse templo reconstruído dentro do museu, um imenso vitral, um altar dourado e
uma cruz de toneladas suspensa no ar se destacam pelos cristais verde-esmeralda.
Objetos que pertenceram à
casa do artista em Long Island,
chamada de Laurelton Hall,
também integram a coleção.
Vidas e vidros
Nascido em 1848, Tiffany estabeleceu sua firma, a Tiffany
Studios, e, nela, descobriu métodos de produção de vidro e se
notabilizou na montagem de
objetos, como suas conhecidas
luminárias. As texturas do cristal que produziu -e que lembram os tons da preciosa opala- têm efeitos tridimensionais e, em geral, são montadas
em estruturas de estanho.
O acervo do museu de Charles Hosmer Morse, um industrial que se aposentou em Winter Park, nos arredores de Orlando, no início do século passado, foi reunido em 1942 por
Jeannette Genius McKean, sua
neta. Mas deve também muito
de sua coleção a Hugh F.
Mckean, marido dela, que trabalhou ali por 53 anos, até morrer, em 1995.
Nele, o que já se chamou de
"a versatilidade estonteante"
da obra de Tiffany está representada seja em objetos produzidos em série, seja em vitrais e
lustres construídos para serem
únicos.
(SILVIO CIOFFI)
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