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TURISTAS NA MIRA
Tumba de Ramsés 6º, há muito tempo fechada, deve ser reaberta durante o próximo inverno egípcio
Faraó ajuda governo a recuperar turismo
do enviado especial ao Egito
Até os faraós estão sendo convocados pelo governo no esforço de
recuperar o turismo no país, abalado pelo último ato terrorista.
Neste inverno egípcio (verão
brasileiro), as autoridades prometem reabrir para visitação a tumba
do faraó Ramsés 6º (20ª dinastia,
1200 a.C.-1085 a.C.), há muito fechada, cujas paredes trazem gravuras com o "Livro das Portas", o
"Livro das Cavernas" e o "Livro
do Dia e da Noite".
O túmulo é mais um entre as dezenas de tumbas que os faraós da
18ª dinastia em diante (1580
a.C.-1314 a.C.) depositaram no vale dos Reis, nas colinas de Tebas
(antigo nome de Luxor).
Ficam do lado ocidental do Nilo,
onde o sol se põe, chamado de
"lugar da verdade" -os antigos
acreditavam que os vivos deviam
morar na margem do Nilo onde o
sol nasce e enterrar os mortos no
lado oposto.
É no vale dos Mortos que ficam
as tumbas de Ramsés 4º, com suas
gravuras em tom pastel, e de Seti
1º, a mais impressionante, que tem
teto com detalhes de astronomia,
atualmente fechada à visitação.
É lá também que a tumba de Tutankhamon foi descoberta, em
1922, a única a ser achada intata,
com todos os seus tesouros.
O feito é do britânico lorde Carnarvon e do egiptólogo Howard
Carter, que levaram quase dez
anos só para esvaziá-la -a maior
parte dos objetos está entre o Museu Egípcio, no Cairo, e o Museu
Britânico, em Londres.
Em 1926, Carnarvon foi picado
por um mosquito no rosto; o machucado infeccionou e, algumas
semanas depois, ele morreu. Como a mordida foi no mesmo lugar
em que Tutankhamon tinha um
machucado, começou a se falar na
"maldição do faraó".
(SÉRGIO DÁVILA)
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