|
Próximo Texto | Índice
PARQUES NACIONAIS
Salvo exceções, como Iguaçu, que recebe 1 mi de visitantes por ano, muitas reservas estão abandonadas
Sem investimento, áreas protegidas são desperdiçadas
Lalo de Almeida/Folha Imagem
|
Nuvens cercam o pico das Prateleiras, na parte alta do Parque Nacional de Itatiaia, o primeiro do Brasil, que faz 70 anos em 2007 |
DA REDAÇÃO
Iguaçu, Itatiaia, Tijuca. Esses
são alguns dos 60 parques nacionais brasileiros, dos quais 23
acolhem oficialmente visitantes. E, entre os "fechados" à visitação, estão Chapada Diamantina e Jericoacoara, freqüentados não oficialmente,
sem taxa de entrada.
Segundo decreto de 1979,
parques nacionais são áreas
"dotadas de atributos naturais
excepcionais, objeto de preservação permanente".
Com poucos funcionários,
vários carecem de estrutura para receber o ecoturista. Nem
todos têm plano de manejo e
recebem 1 milhão de pessoas
por ano, como o do Iguaçu.
O parque mais antigo é o de
Itatiaia, na divisa de Rio, São
Paulo e Minas. Com um décimo
das visitas do parque do Iguaçu,
receberá R$ 3,5 milhões de
compensações ambientais (dinheiro de empresas que causaram danos ao ambiente)
Criado em 1937, mais de 50
anos após o primeiro parque
norte-americano -Yellowstone, de 1875-, o Itatiaia surgiu
na era Vargas. Dois anos mais
tarde foi a vez do Iguaçu. Embora o turismo ecológico seja
um dos que mais cresçam no
Brasil, ainda há uma longa trilha para a exploração dessas
áreas. O exemplo vem da Costa
Rica, país com o tamanho da
Paraíba, relativamente perto
dos EUA, onde 23 parques geram US$ 6 milhões de bilheteria anualmente, e o turismo
movimenta US$ 1,5 bilhão.
"Os parques brasileiros estão, na sua grande maioria,
abandonados", afirma Maria
Tereza Jorge Pádua, consultora
da RPPN (Reserva Particular
do Patrimônio Natural) do Sesc
Pantanal (leia na pág. F4).
Confira nesta edição de Turismo características dos dois
parques brasileiros pioneiros.
Próximo Texto: Parques Nacionais: Para ambientalista, brasileiros não são amigos de parque Índice
|