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Demarcação da área é fruto de iniciativa de Santos Dumont
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No Parque Nacional do Iguaçu, a área liberada para visitação não chega a 1% dos seus 185
mil hectares. As medidas regulamentadas pelo Ibama, que
restringem o turismo a determinados espaços e proíbem os
visitantes de alimentar animais, entre outras determinações, são hoje adotadas com o
objetivo de preservar a variada
fauna do parque.
Mesmo que existam áreas
ainda marcadas pela devastação de tempos não muito remotos -a plantação de café não
vingou no oeste paranaense,
mas a erva-mate e o algodão tiveram importância na região-,
hoje o reflorestamento cicatriza boa parte dessa exploração.
O parque está voltando a ter
ares parecidos com aqueles
descobertos em 1542 pelo espanhol Alvar Nuñes Cabeza de
Vaca, o primeiro homem branco a ver as quedas e que assim
as descreveu: "O rio dá uns saltos sobre enormes penhascos, e
a água golpeia a terra com tanta
força que de muito longe ouve-se o estrondo...".
O processo de preservação da
mata hoje delimitada pela reserva começou com uma iniciativa de Santos Dumont: depois
de conhecer a região, o aviador
brigou com autoridades para
que fosse criado um parque nacional, o que ocorreu em 1939.
Santos Dumont (1873-1932) é,
assim, o padrinho do parque,
que lhe rende homenagem com
uma estátua às margens do
ponto mais alto da queda.
Atualmente, estima-se, há no
rio Iguaçu (água grande em tupi-guarani) mais de 70 espécies
de peixe, cerca de 25 espécies
de anfíbio e 800 tipos de borboleta, dos quais apenas 257 foram identificados.
A jacutinga, a jandaia, o surucuá-de-peito-azul, o tucano-de-bico-verde e a saíra-sete-cores são algumas das 240 espécies de ave que habitam a região; e o guariba, a onça-pintada, a lontra, o gato-do-mato-maracajá e o puma estão na lista dos cerca de 50 mamíferos
que circulam por lá, alguns deles ameaçados de extinção. Os
animais mais vistos por turistas
são o quati e o veado.
(GF)
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