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ECOTURISMO
Mais de cem quedas-d'água catalogadas atendem de aventureiros a quem quer relaxar em águas tranquilas
Cachoeiras respingam beleza na chapada
ESPECIAL PARA A FOLHA, EM GOIÁS
Cachoeira do Rio dos Couros,
Salto do Rio Preto, Poço Encantado, Ave Maria, Capivara, Almécegas... A região da chapada dos
Veadeiros, formada por vários
municípios no norte de Goiás,
concentra essas e pelo menos outras 115 cachoeiras -além das
que ainda não foram catalogadas.
Algumas cachoeiras ficam quase à beira da estrada e demandam
caminhadas bem curtas. Outras
envolvem trilhas de quase um dia,
mas a compensação é quase sempre certa. Todas possuem um perigo extra na época das chuvas; é
importante consultar o guia sobre
a possibilidade de tomar banho.
A cachoeira de São Bento, que
fica a cerca de 8 km de Alto Paraíso, é a primeira das grande cachoeiras formadas pelo rio dos
Couros e possui uma piscina natural para mergulho e natação. No
mês de setembro, o local é sede de
campeonatos de pólo aquático.
As cachoeiras dos Anjos e dos
Arcanjos (dentro do Parque Solarion, a 12 km de Alto Paraíso), no
meio de uma montanha, têm
acesso fácil -a trilha tem apenas
1,5 km- e espaço para nadar.
A cachoeira da Ave Maria (ou
Pai Inácio), esparramada num
paredão, oferece um panorama
impressionante. Fica a 48 km de
Alto Paraíso, mas a trilha de 5 km
é difícil, e desaconselha-se a visita
na época das chuvas.
Os adeptos do rapel costumam
procurar as cachoeiras do rio Almécegas, dentro da Fazenda São
Bento, a 8 km de Alto Paraíso.
Várias das cachoeiras fora do
Parque Nacional Chapada dos
Veadeiros são mais bonitas do
que aquelas que ficam em seu interior -e o rigor na visita é menor. No parque, não se pode chegar até a cachoeira do Salto do Rio
Preto 80 (a queda tem 80 m) porque um médico goiano morreu
no local em 1998, embora o acesso
seja extremamente simples. Já na
Carioquinhas (também dentro do
parque), bem menos segura, o
uso é irrestrito.
A Morada do Sol é especialmente recomendada para crianças e
idosos. A caminhada é curta (cerca de 1,5 km), e o local, que reúne
cachoeiras e piscinas rodeadas
por lajes de pedras, é calmo e não
oferece perigo.
No portal da chapada, há outra
opção para idosos -mas não só.
O passeio, na mata ciliar, em uma
passarela de madeira de 2,4 km de
extensão rodeada por árvores catalogadas pela UnB (Universidade de Brasília) e identificadas pelo
nome popular e pelo científico. A
volta geralmente é abreviada por
uma trilha de 300 metros.
"Nessa região, há espécies endêmicas. Várias plantas são medicinais e comestíveis. Aqui, não há
nenhum tipo de agricultura extensiva devido à geografia e à fiscalização do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis].
Não há herbicida na água, que pode ser bebida à vontade", afirma
Genézio Pariz, 42, que saiu de
Jundiaí (SP) e mora há seis anos
em Alto Paraíso.
(PAULO DANIEL FARAH)
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