São Paulo, quinta-feira, 25 de outubro de 2007

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CERRADO

Portão fechado leva turista a visita aos arredores

Ponto central da América do Sul é polêmica entre a cidade de Chapada dos Guimarães e a capital, Cuiabá

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DA CHAPADA DOS GUIMARÃES

Sem poder entrar no parque nacional por conta do incêndio, o jeito é seguir a estrada MT-251 por mais 13 quilômetros para a pequena cidade de Chapada dos Guimarães.
Com pouco mais de 17 mil habitantes, Chapada serve de base para visitas ao parque e seus arredores. Nos finais de semana, a cidade é invadida por cuiabanos em busca de um refresco do intenso calor da capital mato-grossense.
Durante o inverno, a diferença na altitude significa uma temperatura bem mais amena do que na planície -faz frio nas noites em que as massas polares mais fortes alcançam a região, e a temperatura pode chegar a 0C em raras ocasiões. Mais freqüentes são os nevoeiros que envolvem a cidade e prejudicam a vista a partir dos mirantes.
Na praça principal da cidade fica a igreja de Nossa Senhora de Santana do Sacramento, construída em estilo barroco no ano de 1779. Também é possível ir às compras nas lojinhas que cercam a praça e vendem artesanato típico da região.
Nos arredores da cidade é possível ter uma idéia da beleza da região em mirantes situados na beira dos penhascos da chapada. Um desses, o mirante do Morro dos Ventos, tem uma plataforma suspensa de onde se avista a planície e a cachoeira do Amor, e um restaurante com o mesmo nome onde é possível se deliciar com a comida regional, numa construção de palha típica da região, cercada por um visual deslumbrante e com araras descansando nas árvores do lado de fora.
Tanto o mirante como o restaurante ficam dentro de um condomínio fechado, que cobra ingresso dos visitantes -para quem almoça no restaurante, o valor é reembolsado na hora de pagar a conta.
Também nas proximidades fica o mirante do Centro Geodésico da América do Sul. O nome se refere ao que seria o ponto mais central do continente, eqüidistante dos oceanos Atlântico e Pacifico. Mas, para historiadores e a Câmara Municipal de Cuiabá, o ponto exato fica na capital, o que gerou um imbróglio político com a prefeitura de Chapada.
Para muitos visitantes e moradores, porém, a Chapada também é um local místico, cheio de lendas de discos voadores e duendes. Para estes, e para a maioria, é mais fácil optar pelo mirante. Polêmicas geográficas à parte, a vista que se descortina da Baixada Cuiabana e dos paredões rochosos pelas trilhas que beiram os penhascos é deslumbrante. Nos dias de céu mais limpo, é possível avistar à distância a cidade de Cuiabá.
Tomando a estrada em direção a Campo Verde, chega-se à caverna Aroe Jarí, a segunda maior caverna de arenito do Brasil, acessível somente com o acompanhamento de guia. A caverna fica a 46 quilômetros de Chapada. (PC)


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