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CERRADO
Portão fechado leva turista a visita aos arredores
Ponto central da América do Sul é polêmica entre a cidade de Chapada dos Guimarães e a capital, Cuiabá
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DA CHAPADA DOS GUIMARÃES
Sem poder entrar no parque
nacional por conta do incêndio,
o jeito é seguir a estrada MT-251 por mais 13 quilômetros
para a pequena cidade de Chapada dos Guimarães.
Com pouco mais de 17 mil
habitantes, Chapada serve de
base para visitas ao parque e
seus arredores. Nos finais de
semana, a cidade é invadida por
cuiabanos em busca de um refresco do intenso calor da capital mato-grossense.
Durante o inverno, a diferença na altitude significa uma
temperatura bem mais amena
do que na planície -faz frio nas
noites em que as massas polares mais fortes alcançam a região, e a temperatura pode chegar a 0C em raras ocasiões.
Mais freqüentes são os nevoeiros que envolvem a cidade e
prejudicam a vista a partir dos
mirantes.
Na praça principal da cidade
fica a igreja de Nossa Senhora
de Santana do Sacramento,
construída em estilo barroco
no ano de 1779. Também é possível ir às compras nas lojinhas
que cercam a praça e vendem
artesanato típico da região.
Nos arredores da cidade é
possível ter uma idéia da beleza
da região em mirantes situados
na beira dos penhascos da chapada. Um desses, o mirante do
Morro dos Ventos, tem uma
plataforma suspensa de onde
se avista a planície e a cachoeira
do Amor, e um restaurante com
o mesmo nome onde é possível
se deliciar com a comida regional, numa construção de palha
típica da região, cercada por um
visual deslumbrante e com araras descansando nas árvores do
lado de fora.
Tanto o mirante como o restaurante ficam dentro de um
condomínio fechado, que cobra
ingresso dos visitantes -para
quem almoça no restaurante, o
valor é reembolsado na hora de
pagar a conta.
Também nas proximidades
fica o mirante do Centro Geodésico da América do Sul. O nome se refere ao que seria o ponto mais central do continente,
eqüidistante dos oceanos
Atlântico e Pacifico. Mas, para
historiadores e a Câmara Municipal de Cuiabá, o ponto exato fica na capital, o que gerou
um imbróglio político com a
prefeitura de Chapada.
Para muitos visitantes e moradores, porém, a Chapada
também é um local místico,
cheio de lendas de discos voadores e duendes. Para estes, e
para a maioria, é mais fácil optar pelo mirante. Polêmicas
geográficas à parte, a vista que
se descortina da Baixada Cuiabana e dos paredões rochosos
pelas trilhas que beiram os penhascos é deslumbrante. Nos
dias de céu mais limpo, é possível avistar à distância a cidade
de Cuiabá.
Tomando a estrada em direção a Campo Verde, chega-se à
caverna Aroe Jarí, a segunda
maior caverna de arenito do
Brasil, acessível somente com o
acompanhamento de guia. A
caverna fica a 46 quilômetros
de Chapada.
(PC)
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