|
Próximo Texto | Índice
OUTONO EM WASHINGTON
Com vôos diretos da United a partir de São Paulo, cidade fica mais perto
Possível guerra não abala capital
MARISTELA DO VALLE
ENVIADA ESPECIAL A WASHINGTON
Os tons obscuros da possível
guerra contra o Iraque não atingem as folhas vermelhas e amarelas que caem desnudando as árvores do outono de Washington.
O colorido das copas mostra, em
uma pequena amostra, que a capital das decisões do mundo não
tem tons ranzinzas nem burocráticos como se poderia supor. Pelo
contrário. As cores ornam com as
dos museus interativos e de arte
espalhados pela cidade, que pode
ser considerada pura diversão.
Washington tem mais de 70
museus, e o número tende a aumentar ano a ano, já que a cidade
tem vários projetos em andamento, como o Newseum (museu de
imprensa, leia mais nesta pág.),
programado para ser inaugurado
em 2006; o Museu do Índio Americano, em 2004, que terá programas educacionais e apresentações; o Museu da Cidade de Washington (www.hswdc.org) em
2003, sobre os 200 anos da história da capital do país.
Em março do ano que vem deve
ser inaugurado um novo centro
de convenções (www.dcconvention.com), que deve ter mais do
dobro do espaço do atual e contará com um acervo de arte de US$
5 milhões. O novo espaço já tem
mais de 160 encontros agendados,
com cerca de 1,6 milhão de participantes no total.
Além de todas essas novidades,
a cidade ainda planeja ampliar os
museus já consagrados. Por
exemplo, o Museu Nacional de
Aeronáutica e Espaço, da Instituição Smithsonian, que tem um dos
maiores acervos de aviação do
mundo, vai abrir em dezembro
do ano que vem um enorme anexo no aeroporto de Dulles, o mesmo que recebe os vôos vindos diretamente de São Paulo da United
Arirlines, cuja operação começou
no mês passado. A ampliação celebra o centenário do primeiro
vôo dos irmãos Wright, data que
renderá diversos eventos comemorativos ao longo de 2003.
A Instituição Smithsonian
(www.smithsonian.org) abriga
16 museus e galerias mais o Jardim Zoológico (casa dos famosos
pandas gigantes), todos com entrada gratuita. Trata-se do maior
complexo de museus do mundo.
Muitos deles ficam no National
Mall, misto de praça e parque que
acompanha duas avenidas ligando o Capitólio ao monumento a
Washington. Essa linha é um dos
lados do triângulo desenhado na
concepção da cidade, cujo terceiro vértice é a Casa Branca.
Além de possuir tantos locais de
interesse, o National Mall, salpicado de bancos e árvores, é um belo
cenário para descansar, correr ou
simplesmente caminhar, ação à
qual Washington se presta com
êxito. Ali, como em várias das
áreas verdes da cidade, os esquilos
encantam os brasileiros, desacostumados com esse tipo de animal,
e são capazes até de entrar na bolsa de um turista distraído e lhe
roubar a carteira.
Além de caminhar, o pedestre
pode se deslocar pela capital utilizando seu eficiente sistema de
metrô, que, porém, não a cobre
inteiramente, mas há ônibus e táxis por todo lado.
Qualquer que seja o meio de
transporte escolhido, a cidade
merece pelo menos uma semana.
Cada museu vale muitas horas de
dedicação, caso contrário, a visita
pode frustrar. A escassez de turistas nesta época do ano -em
comparação ao verão e à primavera- favorece uma visita mais
tranquila e poucas ou nulas filas
na entrada de cada museu, já que
hoje todos eles exigem pelo menos que o visitante abra a bolsa na
frente de um segurança, isso
quando ela não precisa passar por
uma máquina de raio-X.
Para os boêmios, Washington
tem cantos agitados, como o badalado distrito de Georgetown,
com casas noturnas, e o eclético
bairro de Adams-Morgan, cujos
bares tocam blues e jazz ao vivo e
os restaurantes servem comidas
étnicas. Não é difícil ver casas especializadas em culinária etíope.
Maristela do Valle viajou a convite da
United Airlines e da rede Marriott.
Próximo Texto: Exposições Índice
|