São Paulo, segunda-feira, 25 de novembro de 2002

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OUTONO EM WASHINGTON

Com vôos diretos da United a partir de São Paulo, cidade fica mais perto

Possível guerra não abala capital

MARISTELA DO VALLE
ENVIADA ESPECIAL A WASHINGTON

Os tons obscuros da possível guerra contra o Iraque não atingem as folhas vermelhas e amarelas que caem desnudando as árvores do outono de Washington. O colorido das copas mostra, em uma pequena amostra, que a capital das decisões do mundo não tem tons ranzinzas nem burocráticos como se poderia supor. Pelo contrário. As cores ornam com as dos museus interativos e de arte espalhados pela cidade, que pode ser considerada pura diversão.
Washington tem mais de 70 museus, e o número tende a aumentar ano a ano, já que a cidade tem vários projetos em andamento, como o Newseum (museu de imprensa, leia mais nesta pág.), programado para ser inaugurado em 2006; o Museu do Índio Americano, em 2004, que terá programas educacionais e apresentações; o Museu da Cidade de Washington (www.hswdc.org) em 2003, sobre os 200 anos da história da capital do país.
Em março do ano que vem deve ser inaugurado um novo centro de convenções (www.dcconvention.com), que deve ter mais do dobro do espaço do atual e contará com um acervo de arte de US$ 5 milhões. O novo espaço já tem mais de 160 encontros agendados, com cerca de 1,6 milhão de participantes no total.
Além de todas essas novidades, a cidade ainda planeja ampliar os museus já consagrados. Por exemplo, o Museu Nacional de Aeronáutica e Espaço, da Instituição Smithsonian, que tem um dos maiores acervos de aviação do mundo, vai abrir em dezembro do ano que vem um enorme anexo no aeroporto de Dulles, o mesmo que recebe os vôos vindos diretamente de São Paulo da United Arirlines, cuja operação começou no mês passado. A ampliação celebra o centenário do primeiro vôo dos irmãos Wright, data que renderá diversos eventos comemorativos ao longo de 2003.
A Instituição Smithsonian (www.smithsonian.org) abriga 16 museus e galerias mais o Jardim Zoológico (casa dos famosos pandas gigantes), todos com entrada gratuita. Trata-se do maior complexo de museus do mundo. Muitos deles ficam no National Mall, misto de praça e parque que acompanha duas avenidas ligando o Capitólio ao monumento a Washington. Essa linha é um dos lados do triângulo desenhado na concepção da cidade, cujo terceiro vértice é a Casa Branca.
Além de possuir tantos locais de interesse, o National Mall, salpicado de bancos e árvores, é um belo cenário para descansar, correr ou simplesmente caminhar, ação à qual Washington se presta com êxito. Ali, como em várias das áreas verdes da cidade, os esquilos encantam os brasileiros, desacostumados com esse tipo de animal, e são capazes até de entrar na bolsa de um turista distraído e lhe roubar a carteira.
Além de caminhar, o pedestre pode se deslocar pela capital utilizando seu eficiente sistema de metrô, que, porém, não a cobre inteiramente, mas há ônibus e táxis por todo lado.
Qualquer que seja o meio de transporte escolhido, a cidade merece pelo menos uma semana. Cada museu vale muitas horas de dedicação, caso contrário, a visita pode frustrar. A escassez de turistas nesta época do ano -em comparação ao verão e à primavera- favorece uma visita mais tranquila e poucas ou nulas filas na entrada de cada museu, já que hoje todos eles exigem pelo menos que o visitante abra a bolsa na frente de um segurança, isso quando ela não precisa passar por uma máquina de raio-X.
Para os boêmios, Washington tem cantos agitados, como o badalado distrito de Georgetown, com casas noturnas, e o eclético bairro de Adams-Morgan, cujos bares tocam blues e jazz ao vivo e os restaurantes servem comidas étnicas. Não é difícil ver casas especializadas em culinária etíope.


Maristela do Valle viajou a convite da United Airlines e da rede Marriott.


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