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LUZES DA CIDADE
Diversão gratuita e pechinchas convivem com os preços altos das lojas de grife e dos restaurantes de luxo
Em Paris, casacos custam uma kitchinette
DO ENVIADO ESPECIAL A PARIS
Em Paris, as compras estão
proibitivas. Um lenço feminino
da Hermés, de seda, na loja da
"maison" na Faubourg St. Honoré, custa 400. Na mesma rua
chique de comércio, atrás do Hôtel de Crillon, diante da praça da
Concórdia, 10, onde estão instaladas as principais lojas de grife, um
relógio Chopard, cronômetro, de
ouro, modelo príncipe de Gales,
custa "módicos" 20 mil!
Sim, Paris vende casacos que
custam o mesmo que uma kitchinette no Brasil -mas quem puder entrar de sola nas compras,
gastando ao menos 175, deve
fazê-las num único dia e lembrar
de pedir o "tax-free", anexando a
um formulário próprio, fornecido
nas lojas, as notas fiscais, que, no
aeroporto, no dia da volta, valem
reembolso de 12% do gasto.
Mas dá sempre para driblar a
carestia. Assim, quem chega ao
aeroporto Charles de Gaulle deve
pegar o ônibus da Air France
(mesmo se não tiver voado pela
companhia), que vai até locais estratégicos, como a Champs-Elysées, por 10, e só depois pegar a
condução até o hotel.
A festa também é gratuita todos
os dias para quem passeia nos
parques e ao longo do rio Sena ou
cambaleia no Quartier Latin e na
praça Vendôme.
Mesmo nas estações de metrô,
cuja passagem custa 1,30, artistas anônimos fazem shows divertidos e, às vezes, impagáveis...
Quem fica mais dias pode comprar passes múltiplos da ParisVisite para usar metrô, ônibus e
trens gastando menos.
À noite, há muita balada nos arredores da rue de Lappe, próxima
à estação Bastilha, idem no Marrais, o antigo bairro judeu, ambas
regiões transformadas em locais
de entretenimento.
Restaurantes típicos e bares que
demoram a serem fechados, como o Léon de Bruxelles, de frutos
do mar (gastos em torno de 30,
com vinho), valem uma certa extravagância numa cidade que se
gaba de ter em oito das suas 20 regiões ("arrondissements") 22 restaurantes de luxo, classificados
com as estrelas do exigente guia
"Michelin", onde uma refeição
com vinho modesto não custa
menos do que 70.
Navegar na internet nos hotéis
também pode custar caro. Mas há
cibercafés, como o Duriez, aberto
de segunda a sexta, das 9h às 19h,
na rue de La Boetie, 3, onde a hora
custa 5.
(SILVIO CIOFFI).
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