São Paulo, segunda-feira, 26 de junho de 2000


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ECO-BRASIL
Ecossistema e habitantes locais têm alternativas de proteção, mas arara-azul é uma espécie que pode se extinguir
Incêndios são inimigos sempre presentes na região

DO ENVIADO ESPECIAL AO PANTANAL

Durante o período da seca, os incêndios são os grandes inimigos. Na região, o fogo pode se alastrar com muita facilidade, por meio da queima do capim, alto e seco, chamado rabo-de-boi.
Mas o ecossistema sabe se proteger. A caraguatá é uma bromélia grassa e resistente ao fogo que cresce nas margens da mata e a protege. Além disso, diversas espécies de árvore, até quando queimadas por inteiro, brotam novamente depois de um tempo.
Os pantaneiros também se defendem por meio dos incêndios controlados, que queimam pequenas áreas para criar barreiras à propagação do fogo.
Além desse problema, o Pantanal ainda tem muitas espécies que estão correndo risco de extinção, como a arara-azul.
Essa espécie possui hábitos peculiares, que a tornam mais vulnerável. Ela faz seu ninho apenas nas chimburas, árvores cujos troncos são de madeira macia e com cicatrizes. Entretanto essas árvores dão frutos que causam aborto nas vacas, razão pela qual até pouco tempo atrás fazendeiros as removiam.
Outra ameaça é o contrabando de animais e aves. No exterior, uma arara-azul pode ser vendida por US$ 4.000. Nessa espécie, apenas 1 ou 2 filhotes a cada 10 sobrevivem a uma viagem.
(VINCENZO SCARPELLINI)


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