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ECO-BRASIL
Ecossistema e habitantes locais têm alternativas de proteção, mas arara-azul é uma espécie que pode se extinguir
Incêndios são inimigos sempre presentes na região
DO ENVIADO ESPECIAL AO PANTANAL
Durante o período da seca, os
incêndios são os grandes inimigos. Na região, o fogo pode se
alastrar com muita facilidade, por
meio da queima do capim, alto e
seco, chamado rabo-de-boi.
Mas o ecossistema sabe se proteger. A caraguatá é uma bromélia
grassa e resistente ao fogo que
cresce nas margens da mata e a
protege. Além disso, diversas espécies de árvore, até quando queimadas por inteiro, brotam novamente depois de um tempo.
Os pantaneiros também se defendem por meio dos incêndios
controlados, que queimam pequenas áreas para criar barreiras à
propagação do fogo.
Além desse problema, o Pantanal ainda tem muitas espécies que
estão correndo risco de extinção,
como a arara-azul.
Essa espécie possui hábitos peculiares, que a tornam mais vulnerável. Ela faz seu ninho apenas
nas chimburas, árvores cujos
troncos são de madeira macia e
com cicatrizes. Entretanto essas
árvores dão frutos que causam
aborto nas vacas, razão pela qual
até pouco tempo atrás fazendeiros as removiam.
Outra ameaça é o contrabando
de animais e aves. No exterior,
uma arara-azul pode ser vendida
por US$ 4.000. Nessa espécie, apenas 1 ou 2 filhotes a cada 10 sobrevivem a uma viagem.
(VINCENZO SCARPELLINI)
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