Istambul tem ares e charme de metrópole europeia

DO ENVIADO ESPECIAL

Extremamente receptiva ao turismo, Istambul, que será Capital Europeia da Cultura 2010 (www.istanbul2010.org), tem como adversários a complexidade do idioma turco e as poucas versões para o inglês nas tabuletas e prospectos em suas inúmeras atrações.
Os turcos são, em geral, muito alegres e receptivos. Há regras de indumentária para quem visita mesquitas, mas o ambiente nas ruas e nos locais turísticos de Istambul não é muito diferente daqueles de qualquer metrópole europeia.
Sim, há bazares ancestrais, como o Grande Bazar e o Mercado Egípcio (leia à pág. F14), mas a maior cidade turca também tem modernos centros de compras, caso do recém-aberto Forum Ístambul, onde fica o novo aquário Turkuazoo (leia texto à pág. F10), no bairro de Bayrampasa.
Outro bom exemplo é o Kanyon Shopping Center (www. kanyon.com.tr), onde, entre outras, estão lojas das grifes Harvey Nichols/Vivienne Westwood, L'Occitane, Cacharel, Adidas, Bally, Chanel, Max Mara, Roberto Cavalli, Gant, Agent Provocateur, Mandarina Duck, Banana Republic e Starbucks.

História atribulada
Montanhosa, fértil e estratégica, habitada desde a antiguidade por diversos povos, a Turquia de hoje compreende 814.578 km 2, onde vivem pouco menos de 80 milhões habitantes.
Dividida pelo estreito de Bósforo, tem uma pequena parte de seu território na Europa, a Trácia, e outra porção, bem maior, chamada de Anatólia, localizada na Ásia Menor. Sua história rica e atribulada pode ser em parte entendida pela complexidade de suas fronteiras.
A porção européia da Turquia faz limite com a Bulgária e a Grécia. Na chamada Eurásia, seus vizinhos de fronteira são a Armênia, a Geórgia, o Irã, o Iraque e a Síria.

Vários povos
Desde tempos imemoriais, esse território recebeu, entre outros, contingentes de turcos -que eram nômades e imigraram no século 13, vindos da Ásia Menor-, de persas, originários do território do atual Líbano, e de árabes.
Têm ainda origem curda, hoje, 20% da população da Turquia; já os judeus, de origem sefaradita, vindos, depois de 1492, da península Ibérica, somam hoje apenas 80 mil pessoas (alguns deles se mudaram para Israel e para os Estados Unidos temendo o recente recrudescimento do fundamentalismo islâmico no país).
(SILVIO CIOFFI)


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