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UMBIGO DO MUNDO
Devido à ausência de rios, nativos usavam a água acumulada nas crateras do Rano Kao e do Rano Raraku
Nos vulcões, rapanuis matavam a sede
DO ENVIADO ESPECIAL
A ilha de Páscoa não tem nenhum rio, por isso a única água
potável foi, por muito tempo,
aquela que se recolhia das crateras
dos vulcões. Parte dessa água fica
filtrada nas rochas e pode ser encontrada em algumas cavernas.
As mulheres subiam até as crateras também para lavar a roupa.
Os rapanuis costumavam cinzelar pequenas cuias nas grandes
pedras ao longo das trilhas. Para
proteger do sol a água da chuva
que as enchia, colocavam em cima delas uma pedra chapada.
Funcionavam como uma moderna fonte pública: quem passava
podia beber a água levando-a à
boca com a mão.
Rano Kao
A cratera do Rano Kao, que tem
cerca de 1.600 m de diâmetro,
possui uma falha horizontal na
borda, em direção ao mar. Quem
sobe pelo lado oposto pode mirar
o círculo de água doce e, longínqua, a faixa azul de água salgada.
Um tipo de junco conhecido como "totora" cobre de verde parte
da superfície da água acumulada
no vulcão. A planta, dizem, era
usada para tecer esteiras.
Lá no alto, como o vento sopra
intensamente, mesmo no verão, é
aconselhável usar um casaco.
(VINCENZO SCARPELLINI)
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