UOL


São Paulo, segunda-feira, 27 de janeiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

UMBIGO DO MUNDO

Devido à ausência de rios, nativos usavam a água acumulada nas crateras do Rano Kao e do Rano Raraku

Nos vulcões, rapanuis matavam a sede

DO ENVIADO ESPECIAL

A ilha de Páscoa não tem nenhum rio, por isso a única água potável foi, por muito tempo, aquela que se recolhia das crateras dos vulcões. Parte dessa água fica filtrada nas rochas e pode ser encontrada em algumas cavernas. As mulheres subiam até as crateras também para lavar a roupa.
Os rapanuis costumavam cinzelar pequenas cuias nas grandes pedras ao longo das trilhas. Para proteger do sol a água da chuva que as enchia, colocavam em cima delas uma pedra chapada. Funcionavam como uma moderna fonte pública: quem passava podia beber a água levando-a à boca com a mão.

Rano Kao
A cratera do Rano Kao, que tem cerca de 1.600 m de diâmetro, possui uma falha horizontal na borda, em direção ao mar. Quem sobe pelo lado oposto pode mirar o círculo de água doce e, longínqua, a faixa azul de água salgada. Um tipo de junco conhecido como "totora" cobre de verde parte da superfície da água acumulada no vulcão. A planta, dizem, era usada para tecer esteiras.
Lá no alto, como o vento sopra intensamente, mesmo no verão, é aconselhável usar um casaco. (VINCENZO SCARPELLINI)

Texto Anterior: Tabuletas escritas: Obras resgatam os mistérios de Páscoa
Próximo Texto: Pacotes com aéreo
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.