São Paulo, segunda, 27 de abril de 1998

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POR DENTRO DO RECIFE
Canais e pontes dão charme veneziano

FABIO GUIBU
da Agência Folha, no Recife

Conhecer os fortes, as igrejas e as pontes do Recife é a chance de saber um pouco mais sobre a história da própria cidade -marcada pela ocupação holandesa e pela colonização portuguesa.
Fortificações erguidas no século 17, como os fortes das Cinco Pontas e do Brum, são paradas obrigatórias para quem visita a capital.
Construído em 1630, o forte das Cinco Pontas, localizado num largo próximo ao porto do Recife, é o mais conhecido.
No local, em 13 de janeiro de 1825, foi fuzilado o revolucionário frade carmelita Joaquim do Amor Divino Caneca, o frei Caneca.
O forte, que abriga hoje o museu da Cidade do Recife, foi erguido originalmente em taipa e reconstruído em 1677, por João Fernandes Vieira, com pedras do mar.
A construção não possui mais as prisões subterrâneas e a capela, demolidas em 1822, mas ainda mantém a forma de pentágono, característica das fortalezas construídas pelos holandeses.
Outra obra cuja história se confunde com a da cidade data de 1630. É o forte do Brum, também construído pelos holandeses para proteger a entrada do porto.
A fortaleza, que ainda guarda grande número de canhões e abriga um museu militar, foi construída sobre os alicerces do forte português do Bom Jesus e serviu de sede para o governo pernambucano no século 18.
Conhecida como "Veneza brasileira", o Recife é interligado por 39 pontes que cruzam canais e seus três principais rios: Capibaribe, Beberibe e Jordão.
A mais antiga ponte é a Maurício de Nassau -a primeira construída no Brasil-, que liga os bairros do Recife e de Santo Antônio.
Erguida originalmente em madeira em 1643, dá vista para a ponte 12 de setembro, que liga o continente ao bairro do Recife.




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