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POR DENTRO DO RECIFE
Canais e pontes dão charme veneziano
FABIO GUIBU
da Agência Folha, no Recife
Conhecer os fortes, as igrejas e as
pontes do Recife é a chance de saber um pouco mais sobre a história da própria cidade -marcada
pela ocupação holandesa e pela
colonização portuguesa.
Fortificações erguidas no século
17, como os fortes das Cinco Pontas e do Brum, são paradas obrigatórias para quem visita a capital.
Construído em 1630, o forte das
Cinco Pontas, localizado num largo próximo ao porto do Recife, é o
mais conhecido.
No local, em 13 de janeiro de
1825, foi fuzilado o revolucionário
frade carmelita Joaquim do Amor
Divino Caneca, o frei Caneca.
O forte, que abriga hoje o museu
da Cidade do Recife, foi erguido
originalmente em taipa e reconstruído em 1677, por João Fernandes Vieira, com pedras do mar.
A construção não possui mais as
prisões subterrâneas e a capela,
demolidas em 1822, mas ainda
mantém a forma de pentágono,
característica das fortalezas construídas pelos holandeses.
Outra obra cuja história se confunde com a da cidade data de
1630. É o forte do Brum, também
construído pelos holandeses para
proteger a entrada do porto.
A fortaleza, que ainda guarda
grande número de canhões e abriga um museu militar, foi construída sobre os alicerces do forte português do Bom Jesus e serviu de
sede para o governo pernambucano no século 18.
Conhecida como "Veneza brasileira", o Recife é interligado por
39 pontes que cruzam canais e
seus três principais rios: Capibaribe, Beberibe e Jordão.
A mais antiga ponte é a Maurício
de Nassau -a primeira construída no Brasil-, que liga os bairros
do Recife e de Santo Antônio.
Erguida originalmente em madeira em 1643, dá vista para a ponte 12 de setembro, que liga o continente ao bairro do Recife.
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