MARISTELA DO VALLE
enviada especial a Toulouse

Buenos Aires e Milão devem ser os próximos destinos internacionais da TAM, que atualmente só voa no exterior para Miami e Paris. A possível rota para Milão era um dos temas de uma reunião que a empresa teve com a Alitalia na semana passada.
A Alitalia tem um acordo de "joint venture" com a KLM, que, por sua vez, está montando uma aliança global com a Continental Airlines (norte-americana), que deverá se chamar Wings.
O presidente da TAM, Rolim Adolfo Amaro, disse à Folha que a empresa já foi convidada para participar das alianças OneWorld, encabeçada pela American Airlines e pela British Airways, e do "pool" integrado pela Air France, Delta e AeroMéxico, cujo nome deve ser decidido no final de março.
"Para essas alianças é estratégico ter um parceiro forte na América do Sul", diz Rolim. "Mas ainda é cedo para decidir. O setor de aviação ainda está numa situação muito indefinida, e pretendemos ter bastante calma para não tomar uma decisão precipitada."
Se a TAM entrar em algum desses "pools", ficam de fora das alianças globais a Vasp e a Transbrasil, já que a Varig pertence à Star Alliance. Mas a Vasp está passando por dificuldades financeiras e a Transbrasil só pretende estudar o assunto após a conclusão do seu diagnóstico estratégico, que está sendo feito pela empresa Merrill Lynch.
Atualmente, Transbrasil e TAM mantêm negociações para firmar um acordo de "code share" (em que duas empresas compartilham o mesmo vôo), mas há especulações sobre a fusão das duas empresas ou até a compra da Transbrasil pela TAM.
A possibilidade que mais agrada ao comandante Rolim é a da fusão. "Essa alternativa tornaria a competição mais equilibrada, haveria uma redução de custos, facilitaria a reestruturação do setor e as virtudes das duas empresas seriam unidas."