FERNANDO BADÔ
DA REPORTAGEM LOCAL

Tudo começou no dia 13 maio de 1902. A vitória por 3 a 1 do Barcelona sobre o Real Madrid na semifinal da Copa do Rei foi o ponto de partida de uma das maiores rivalidades do futebol mundial.
Principais equipes das maiores cidades espanholas, os times apresentam peculiaridades que os diferenciam em todos os níveis.
Os "merengues" do Real Madrid vestem branco. Já o "Barça" porta azul e grená na camisa principal. O Real Madrid é o time do rei da Espanha, Juan Carlos. O Barcelona é representante da Catalunha, região em que reina o sentimento de "nacionalismo" catalão. A torcida faz generosos donativos ao clube, o que permite a ausência de patrocínio.
Tanta devoção não ajudou a equipe catalã a superar a quantidade de títulos do time de Madri, talvez o mais vitorioso do futebol mundial. Essa diferença, contudo, não se faz valer no presente. Faltando cinco rodadas para o final do Espanhol, o Barcelona lidera com seis pontos de vantagem em relação ao Real. Isso não impediu o time da capital de ganhar por 4 a 2 a partida mais recente.
Hoje, os dois clubes têm grandes esquadrões. O Real Madrid tem um time estrelar (Ronaldo, Roberto Carlos, Zidane, Figo e Beckham, entre outros). No Barcelona, joga Ronaldinho Gaúcho, eleito pela Fifa o melhor jogador do mundo em 2004, além do atacante camaronês Eto'o, o artilheiro da liga espanhola.
Ter grandes equipes, aliás, faz parte da história de ambos. Craques que marcaram época, como o húngaro Puskas, o argentino Di Stéfano e o brasileiro Didi, já vestiram o uniforme do Real Madrid. O holandês Cruyff, Romário e Maradona já foram estrelas do Barcelona. Por tudo isso, poucos clássicos chamam tanto a atenção da mídia. E das torcidas envolvidas. Para os torcedores dos dois clubes, o importante é ser campeão e vencer o rival. A questão é que a prioridade não está necessariamente nessa ordem.


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