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Mandioca não pode faltar na refeição local
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A tríade arroz-feijão-carne, que
sustenta a alimentação brasileira,
ganha um elemento a mais na
mesa sul-matogrossense: a mandioca cozida. Em qualquer refeição, lá está o tubérculo num panelão para cozinhar.
Num churrasco, se não tiver
mandioca, a decepção é certa. No
Mato Grosso do Sul, esses eventos, aliás, encerram características
peculiares. A primeira é que na
grelha local só entra carne bovina.
O frango é totalmente ignorado.
A carne de porco também não
tem vez. Até a lingüiça é feita de
carne de boi. Trata-se da lingüiça
de Maracaju, típica da cidade que
lhe dá o nome, a cerca de 100 km
da capital. A tripa é cheia de pedacinhos de contrafilé ou alcatra
misturados com toucinho de porco -um mero figurante- sal, pimenta e cheiro-verde.
O único que pode roubar o espaço do boi na churrasqueira é o
peixe. Afinal, abunda na região.
Quando há um churrasco coletivo, o sul-matogrossense já sabe:
talvez tenha que levar os próprios
pratos. O hábito é tão difundido
que em feiras e lojas pode-se comprar um porta-pratos: bolsa em
forma de círculo que acomoda
uma pequena quantidade deles e
os talheres. O interior é impermeável para que os pratos possam
ser levados para casa sujos.
(HL)
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