São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 2011

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Autenticamente romana, Pompeia ficou soterrada durante 17 séculos

Erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C. destruiu a cidade e levou à morte seus 12.000 habitantes

Sítios arqueológicos são algumas das atrações; número de visitantes no local pode variar entre 3.000 e 12.000 pessoas


DO ENVIADO À ITÁLIA

Pompeia foi destruída por uma erupção do Vesúvio em 79 d.C. Morreram todos os seus 12.000 habitantes. Mas o fato de ter permanecido soterrada por 17 séculos faz dela uma tremenda curiosidade arqueológica. É a maior cidade autenticamente romana que se pode visitar. E é o que fazem diariamente de 3.000 a 20.000 turistas.
As ruínas são magníficas não propriamente por denunciarem o desabamento das casas com a chegada das lavas e rochedos expelidos pelo vulcão. Elas testemunham para historiadores e arqueólogos uma vida multicultural -meio romana, meio "samnita", povo da Itália central, cujos hábitos prosseguiam depois de quatro séculos de romanização.
Dezessete anos antes da erupção do Vesúvio um terremoto já havia duramente atingido Pompeia. Era uma cidade em reconstrução que o vulcão destruiu.
Seus templos tinham muito mármore, sobretudo no fórum (praça principal), com os templos de Apolo e de Júpiter, e também a basílica, nome da sede do Judiciário. Muito foi retirado pelos espanhóis -senhores da região no século 18- para a construção de um palácio em Nápoles.
O trabalho de redescoberta começou de verdade com a equipe do arqueólogo italiano Giuseppe Fiorelli, a partir de 1860, muitas vezes com a injeção de gesso em ambientes ocos para obter a forma das cinzas de cadáveres ou objetos que a exposição à atmosfera poderia destruir.
Há coisas impressionantes, como uma mulher grávida que põe as duas mãos sobre o ventre para protegê-lo dos primeiros gazes letais expelidos pelo vulcão.
Pompeia é de um marrom claro como a poeira grudada em suas ruínas. As ruas permanecem recobertas por pedras irregulares, as casas estão em geral desabadas até a metade das paredes.
E, como curiosidade, os prostíbulos, sinalizados, em lugar de flechinhas, por órgãos genitais masculinos esculpidos no chão. Um deles traz na entrada afrescos sugerindo ao cliente posições para fazer amor. Nada de rigorosamente original quanto aos hábitos sexuais dos casais de hoje em dia. (JBN)



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