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AERONÁUTICA
A partir de 12 de fevereiro, 220 alunos iniciam os estudos para se formarem bacharéis em aviação civil
Faculdade de SP abre curso de aviação
CHIAKI KAREN TADA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Universidade Anhembi Morumbi inaugura no dia 12 de fevereiro o seu primeiro curso superior de aviação civil, que deverá conferir aos alunos o título de
bacharel em aviação civil, com
habilitação de piloto comercial e
gestor de empresas aéreas ou de
administrador de aeroportos.
Deve ser o primeiro curso com
esse título no país, segundo Argemiro de Azevedo, diretor de
instrução do Aeroclube de São
Paulo e um dos responsáveis pela sua implantação. A diferença
em relação aos cursos já existentes de ciências aeronáuticas é o
foco do curso, centrado em aviação e transporte aéreo.
O curso tem duração de três
anos e inclui aulas de psicologia,
matemática financeira e inglês,
além de teorias de vôo e meteorologia. O objetivo é que o piloto
tenha noções de segurança e também de economia, já que os equipamentos são muito caros. "Vamos formar o piloto de pequenas
empresas", diz Azevedo, que
acrescenta que existem mais de
500 empresas aéreas de pequeno
porte no país.
Quem optar pela habilitação como piloto e gestor terá aulas práticas de vôo para prestar os exames
exigidos pelo Departamento de
Aviação Civil (DAC), mas pagará
à parte pelas horas de vôo, que
podem custar R$ 200 cada uma.
No final, o aluno deverá apresentar, como trabalho de conclusão de curso, um projeto de uma
empresa aérea, de um aeródromo
ou de um heliponto e homologá-lo no DAC, provando na banca
examinadora que seguiu todos os
passos determinados pela legislação do país. A universidade solicitou homologação do novo curso
ao DAC e espera obtê-la antes do
início das aulas. Após três anos, o
curso deverá ser avaliado para ser
reconhecido pelo MEC.
O novo curso da Anhembi Morumbi tem pelo menos um aluno
já ansioso pelo início das aulas.
"Desde quando tinha 4 ou 5
anos, lembro de só ter avião", diz
Wilson Pietoso Criscuolo, 26, dono de uma corretora de seguros,
que pretende realizar o sonho de
virar piloto. Criscuolo diz que a
aviação "está no sangue". "É como se houvesse uma missão. Não
é só o prazer da máquina, é o ambiente, uma sensação de que o
mundo fica menor", diz, enquanto lembra que o país tem a segunda maior frota de aviões do mundo, atrás dos EUA. O curso teve
cerca de 500 inscrições para o vestibular, dos quais 220 foram aprovados, com boa média de notas,
segundo Azevedo. "É um pessoal
muito preparado", diz.
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