São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 2001

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AERONÁUTICA
A partir de 12 de fevereiro, 220 alunos iniciam os estudos para se formarem bacharéis em aviação civil
Faculdade de SP abre curso de aviação

CHIAKI KAREN TADA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Universidade Anhembi Morumbi inaugura no dia 12 de fevereiro o seu primeiro curso superior de aviação civil, que deverá conferir aos alunos o título de bacharel em aviação civil, com habilitação de piloto comercial e gestor de empresas aéreas ou de administrador de aeroportos.
Deve ser o primeiro curso com esse título no país, segundo Argemiro de Azevedo, diretor de instrução do Aeroclube de São Paulo e um dos responsáveis pela sua implantação. A diferença em relação aos cursos já existentes de ciências aeronáuticas é o foco do curso, centrado em aviação e transporte aéreo.
O curso tem duração de três anos e inclui aulas de psicologia, matemática financeira e inglês, além de teorias de vôo e meteorologia. O objetivo é que o piloto tenha noções de segurança e também de economia, já que os equipamentos são muito caros. "Vamos formar o piloto de pequenas empresas", diz Azevedo, que acrescenta que existem mais de 500 empresas aéreas de pequeno porte no país.
Quem optar pela habilitação como piloto e gestor terá aulas práticas de vôo para prestar os exames exigidos pelo Departamento de Aviação Civil (DAC), mas pagará à parte pelas horas de vôo, que podem custar R$ 200 cada uma.
No final, o aluno deverá apresentar, como trabalho de conclusão de curso, um projeto de uma empresa aérea, de um aeródromo ou de um heliponto e homologá-lo no DAC, provando na banca examinadora que seguiu todos os passos determinados pela legislação do país. A universidade solicitou homologação do novo curso ao DAC e espera obtê-la antes do início das aulas. Após três anos, o curso deverá ser avaliado para ser reconhecido pelo MEC.
O novo curso da Anhembi Morumbi tem pelo menos um aluno já ansioso pelo início das aulas.
"Desde quando tinha 4 ou 5 anos, lembro de só ter avião", diz Wilson Pietoso Criscuolo, 26, dono de uma corretora de seguros, que pretende realizar o sonho de virar piloto. Criscuolo diz que a aviação "está no sangue". "É como se houvesse uma missão. Não é só o prazer da máquina, é o ambiente, uma sensação de que o mundo fica menor", diz, enquanto lembra que o país tem a segunda maior frota de aviões do mundo, atrás dos EUA. O curso teve cerca de 500 inscrições para o vestibular, dos quais 220 foram aprovados, com boa média de notas, segundo Azevedo. "É um pessoal muito preparado", diz.



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