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VULCÃO DE CORES
Vinte e uma etnias maias exibe m seus costumes
Os garífunas preservam dois idiomas: um para homens e outro para mulheres
DA ENVIADA ESPECIAL À GUATEMALA
Quando se fala nos maias, parece que o assunto é sobre um
povo que sumiu da face da Terra há muito e muito tempo.
Uma passagem rápida pela
Guatemala acaba com qualquer
impressão desse tipo.
E tem mais: essa gente muito
pequena, de pele escura e olhos
grandes, não usa vestes coloridas cheias de lindas figuras
confeccionadas à mão só para
chamar a atenção de turistas. O
que existe ali é um povo orgulhoso de sua cultura.
Claro que não há como ignorar o fato de que no período
pós-hispânico a maioria das 21
etnias que existem hoje na
Guatemala incorporou parte da
cultura ocidental. Exemplo disso é que a maior parte da população é formada por católicos.
Mas a "nova" crença não impede que os maias tenham suas
próprias interpretações sobre a
religião. Além disso, os dialetos
estão lá. Cada etnia tem -e fala- o seu, e cada grupo usa roupas de cores específicas.
As mulheres ainda carregam
os bebês em panos que habilmente transformam em um
acessório para, literalmente,
pendurá-los nas costas.
Por sua vez, os homens preparam uma espécie de canga
sobre a calça. Se preciso, ela ganha um formato de cesta para
carregar frutas e utensílios.
Os garífunas, grupo indígena
com 6.500 integrantes que vivem no povoado de Lívingston
-onde é possível chegar de barco a partir do município de
Puerto Barrios-, levam uma
vida muito peculiar. Para se ter
uma idéia da cultura local, por
ali existem duas palavras para
designar cada objeto: uma para
ele e outra para ela. Sim, por ali,
de fato, homens e mulheres falam línguas diferentes.
(PRISCILA PASTRE-ROSSI)
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