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ESCANDINÁVIA
Limpeza das ruas e águas da capital da Suécia reflete a elevada qualidade de vida dos seus moradores
Centro de Estocolmo fisga os pescadores
Moradores de
Estocolmo
pescam na
região central
da cidade, que
tem águas e
ruas muito
limpas; à dir.,
um dos bares
da capital da
Suécia, cuja
parte antiga
lembra Praga,
e as praças
parecem com
as de Roma
do enviado especial à Escandinávia
Protegidos da fúria do mar Báltico por um arquipélago composto
por 24 mil ilhas, o 1,8 milhão de
habitantes de Estocolmo consegue
manter um elevado padrão de vida
que se reflete na limpeza de suas
ruas e lagos.
Não é raro encontrar, por exemplo, pescadores tentando fisgar algum salmão do alto de uma ponte
no coração de Estocolmo.
O centro da cidade, às margens
do lago Mälaren, é composto por
14 ilhas interligadas por 53 pontes.
Locomover-se pela capital sueca é
fácil, tanto para pedestres como
para ciclistas.
Com suas ruas e vielas em meio
ao casario do século 13, pequenas
lojas de cristais, butiques, bistrôs,
bares e restaurantes, a parte mais
antiga da cidade, Gamla Stan, lembra Praga.
Vale a pena perder-se por pelo
menos um dia inteiro na região.
Sem auxílio de mapas, dá para descobrir em cada esquina um novo
caminho que muitas vezes acaba,
não se sabe como, levando de volta
ao início.
Fatalmente, durante sua aventura, o visitante vai se deparar com
alguma pequena praça cercada por
bares, doceiras e restaurantes no
melhor estilo das "piazzas" de Roma, na Itália.
Ao lado do bairro antigo fica o
Palácio Real, com seus 608 quartos
e móveis originais da família real.
As visitas são permitidas.
Vida diurna
A vida no centro histórico é essencialmente diurna.
À noite, depois das 19h, a maioria dos bares e lojas fecha, e, depois
da meia-noite, o ambiente se
transforma em um perfeito cenário para os livros de Kafka, com
ruelas vazias e iluminação fraca e
amarelada.
Os restaurantes -bons e variados- também fecham cedo. Por
isso é bom se programar para comer por volta das 20h.
Outro programa para a noite é
assistir a algum espetáculo no teatro da Ópera e depois esticar para
um drinque no café instalado logo
atrás do teatro.
O público local é eclético. Vale a
pena dar uma parada para apreciar
a decoração e os afrescos que se espalham pelo teto.
Para dançar, uma boa dica é o
Sture Companiet, um casarão de
quatro andares na parte nova do
centro da cidade, a 300 metros do
Café da Ópera, que distribui em
cada uma de suas pistas jazz, funk,
tecno e rock.
O barco recuperado
Um dos mais impressionantes
passeios da cidade é a visita ao Museu Vasa. O local leva o nome do
barco que, construído para ser a
maior arma de guerra do país, não
resistiu a uma pequena rajada de
vento e naufragou em 10 de agosto
de 1628, em um canal da cidade.
O navio ficou enterrado a 100
metros de profundidade até ser
içado em 1961 num complexo trabalho de engenharia do fundo do
mar. Hoje, ao entrar no museu, o
visitante se depara com o barco
completamente reconstruído e
pode percorrer o local acompanhando a saga da construção, naufrágio e reconstrução do navio.
Também é possível entender, de
forma clara e didática, as razões
que levaram essa arma de guerra a
esse pífio final.
Para conhecer algumas das ilhas
de Estocolmo com mais calma,
participe de uma excursão em algum dos barcos que partem do
píer em frente ao Grand Hotel, um
dos mais antigos da cidade.
Os barcos percorrem os canais e
conseguem, sem ser maçantes, dar
uma completa noção de como a
capital se distribui no espaço.
(LUIZ HENRIQUE RIVOIRO)
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