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BOAS FESTAS
Pólo cultural, cidade abriga 180 museus
O SchauLust Museen Berlin, passe válido por três dias, permite que os turistas façam visitas a 70 deles
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BERLIM
Como criticar uma cidade
que abriga nada menos que 180
museus? Uma semana é pouco
para descobrir as coleções e
seus tesouros. Existe até uma
ilha só com museus na cidade, a
Museuminseln.
Com o passe SchauLust Museen Berlin -válido por três
dias-, é possível entrar em
quase 70 museus. Os incontornáveis são o Ägyptisches Museum, o museu Egípcio
(www.egyptian-museum-berlin.com), uma pequena jóia
que mostra a cultura e a arte de
4.000 anos do Egito Antigo. O
busto de Nefertiti é um dos destaques da coleção.
O Pergamon Museum (museu do Pérgamo; www.smb.spk-berlin.de) é um dos mais
importantes museus de arqueologia do mundo. No hall
de entrada, o colossal altar de
Pérgamo, do século 2º a.C., é
dedicado aos deuses Zeus e
Atenas. A porta de Ishtar, da
antiga Babilônia, é imperdível.
Alte Nationalgalerie, a antiga
Galeria Nacional (www.alte-nationalgalerie.de), reaberta
em 2001, reúne a fina flor dos
artistas alemães do passado.
A Neue Nationalgalerie, nova
Galeria Nacional (www.neue-nationalgalerie.de), projetada por Mies van der Rohe, abriga uma vasta coleção de pinturas e esculturas dos séculos 19 e
20. Não se surpreenda com o
térreo praticamente vazio. A
idéia de Mies van der Rohe foi
concebida justamente para a
luz refletir nesse espaço vazio e
dar a sensação que a estrutura
do teto flutua no espaço.
O Bode Museum (www.smb.spk-berlin.de), que reabriu no ano passado, com sua
cúpula barroca, vai agradar os
amantes das artes religiosas.
O Kulturforum (www.smb.spk-berlin.de) é um fórum de
grandes museus que reúne a
Gemäldegalerie (Pinacoteca) ,
o Kunstgewerbemuseum (museu de Artes Decorativas) e a
Neue Nationalgarie, além de
excelentes salas de concertos,
entre elas, a da famosa Berliner
Philharmonie, uma das orquestras mais conceituadas do
mundo. A sede da filarmônica
de Berlim é uma obra-prima do
modernismo, fruto da geração
Bauhaus. Reserve os ingressos
com muita antecedência para
ouvir Brahms e Mahler conduzido por Simon Rattle.
O Jüdisches Museum, o museu Judaico (www.juedisches-museum-berlin.de), é
uma das principais atrações de
Berlim. O público que o visita é
predominante jovem. O arquiteto americano Daniel Libeskind projetou o museu em forma de uma estrela de Davi
-símbolo dos judeus- estilhaçada. O prédio foi construído
em titânico e revestido com
zinco, para refletir a luz.
As janelas retalhadas e os
corredores escuros evocam a
pouca visão que os judeus tinham de dentro dos carros de
bois que os levavam aos campos de concentração e o sentimento de opressão vivido por
aquele povo. O museu exibe vídeos com entrevistas de sobreviventes do Holocausto.
O polêmico Memorial do
Holocausto (www.holocaust-mahnmal.de) lembra milhares de judeus mortos nas mãos
dos nazistas. É composto por
centenas de bloco de concreto
de vários tamanhos, como se
fossem lápides.
O Mauer Museum, o museu
do Muro (www.mauer-museum.com), tem exposições
permanentes e projeção de filmes do período entre 1948 e
1989. O Checkpoint Charlie é
um museu que retrata a história do Muro de Berlim. Era o
nome, dado pelos aliados, a um
posto militar de passagem entre as duas partes da Alemanha
durante a Guerra Fria.
O Reichstag é um capítulo à
parte. A cúpula de vidro e aço
do Parlamento Alemão, projetada por Norman Foster, foi
uma idéia feliz do arquiteto
britânico. É preciso passar pelo
menos uma hora na fila (entrada lateral para quem está com
crianças), mas vale a pena. Vista de lá de dentro, a cúpula com
360 espelhos revertidos é de tirar o fôlego!
Uma passarela circular leva
os visitantes ao topo da cúpula.
A vista é magnífica: o Tiergaten, o pulmão verde de Berlim,
e ao fundo a Siegessäule (coluna da Vitória), onde se encontravam os anjos de Wim Wenders no filme "Asas do Desejo".
Além disto, é possível ver a
Chancelaria federal alemã, local de trabalho de Angela Merkel, a política mais poderosa da
Europa. Também se avista a
Schloss Bellevue, sua residência oficial, o portão de Brandenburgo e o célebre hotel
Adlon.
Um almoço no Dachgarten
Restaurant, restaurante-terraço da cúpula, é recomendável,
principalmente se o tempo estiver claro. As visitas guiadas
que explicam a composição do
Bundestag, assim como a história e arquitetura do Reichstag,
devem ser reservadas com semanas de antecedência pelo site www.bundestag.de.
(LETÍCIA FONSECA-SOURANDER)
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