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Crença reforça o nacionalismo vietnamita
no Sudeste Asiático
Enquanto no cristianismo, ao
acender uma vela em um relicário,
o fiel homenageia um santo ou o
próprio Deus, no xintoísmo e,
principalmente, no confucionismo, o incenso é dedicado prioritariamente aos ancestrais familiares.
No budismo e no hinduísmo, os
ancestrais foram parcialmente
deslocados por deuses e avatares.
Confúcio percebeu que o culto
dos ancestrais reforçava a fidelidade à família e ao clã. No Japão, a
veneração do imperador deificado, chefe supremo do clã, é uma
manifestação dos ancestrais.
O Vietnã é um país onde não há
muita influência do budismo ou
do hinduísmo, no qual predomina
o culto dos ancestrais. É, talvez, o
país no qual as convicções religiosas mais fortaleceram os sentimentos nacionalistas.
Talvez isso explique a resistência
e as vitórias contra o colonialismo
francês, o Exército norte-americano e a invasão chinesa.
Myanma é um país budista, talvez aquele no qual essa religião é
mais pura, mas não inteiramente
livre de manifestações animistas,
hinduístas ou do tantrismo.
Em Angkor Wat está registrada
na pedra esculpida a hesitação entre o hinduísmo e o budismo.
Assim, os templos de Myanma,
as cidades templárias do Camboja
e os pequenos, e práticos, relicários do Vietnã ilustram o fosso cultural entre esses países.
(RCCL)
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