NO NOVO MÉXICO

Existem 19 comunidades indígenas do grupo pueblo no Novo México, das quais oito se encontram nos arredores de Santa Fé.
O nome "pueblo", dado pelos conquistadores espanhóis, refere-se a uma cultura indígena de todo o sudoeste americano (que abrange outros Estados, como o Arizona). Esse agrupamento reúne na verdade várias comunidades, cada uma com seu próprio sistema de governo, tradições e cultura, e o que as une são os idiomas que têm em comum.
Reserve um dia para ir ao pueblo de Taos, habitado há mil anos e Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde 1992, por ser um exemplo de arquitetura tradicional do período pré-hispânico das Américas. O pueblo fica nos arredores da cidade de mesmo nome, vizinha a Santa Fé.
Ali o visitante vê construções de adobe de até quatro andares, que lembram caixinhas marrons colocadas umas sobre as outras, com escadas de madeira encostadas nas paredes. Antigamente, eram o único meio para entrar nas casas, pois, por questão de proteção, só havia entrada pelo teto. Hoje elas já têm janelas e portas.
O pueblo fica um pouco afastado da cidade propriamente dita de Taos, que também tem suas galerias e sua Plaza, onde aos domingos há uma feira de artes.
Visitar os pueblos exige atenção a vários "nãos", por exemplo, não entrar nas casas sem ser convidado, não fotografar sem permissão, não entrar em áreas sagradas, como cemitérios, e não levar bebidas alcoólicas. Em Taos, a entrada para adultos custa US$ 10 e é preciso pagar outros US$ 10 por câmera fotográfica.
Os pueblos descendem de uma antiga civilização chamada Anasazi, cujas ruínas podem ser vistas em locais como o Parque Nacional Chaco Canyon, outro patrimônio mundial. Depois chegaram os apaches e os navajos. Estes últimos são hoje o grupo mais numeroso no Estado, onde vive um terço dos 77 mil navajos do país, que no total ocupam 19.400 km2.
A ocupação espanhola iniciada no século 16 levou os índios pueblos a se revoltarem em 1680, mas foram reconquistados em 1692.
Todos os pueblos realizam danças de caráter religioso, algumas nos dias de santos católicos que lhes foram designados como patronos pelos espanhóis. Nem todas as danças podem ser vistas pelo público.
Hoje, as regras de visitação buscam preservar a cultura dos nativos, que dependem cada vez mais do turismo para sobreviver.
(CHIAKI KAREN TADA)


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