São Paulo, quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

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"PURA VIDA"

Terra separa a costa afro-caribenha das praias globalizadas

Ondas extensas de Pavones, Pacífico, e fortes em Salsa Brava, Caribe, embalam surfe no país bioceânico

Roberto Price
Amaro Mattos em Pavones, na costa do Pacífico, numa região que atrai turismo internacional


FERNANDO COSTA NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Não é em qualquer lugar que no mesmo dia é possível usufruir de dois oceanos: algumas horas de carro separam a negra Salsa Brava, em Puerto Limón, no mar do Caribe, de Tamarindo, ao norte do país, do lado do Pacífico, região procurada por surfistas de todo o mundo.
A luz, a brisa, o tipo de onda, a população de turistas, tudo é diferente -e a sensação é de que saímos da Jamaica e pisamos em algum lugar de veraneio do primeiro mundo. Salsa Brava, além de surfistas iniciados, atrai jovens e loirinhas norte-americanas e européias que buscam a aventura afro-caribenha e o clima de "legalize it" que está em todas as partes.
O visual é lindo. Céu azul, coqueiros esguios e caudalosos locais acompanhados de alegres meninas branquinhas. As ondas são um episódio à parte. Poderosas como as do Havaí, não são para iniciantes e quebram rápidas e pesadas sobre uma bancada de pedras em frente ao vilarejo, que guarda bons restaurantes e pousadas.
Essa parte do litoral em direção a Nicarágua é pouco explorada. Exceto por Salsa, Isla Uvita e alguns pontos nas cercanias de Limón, são poucas as ondas conhecidas. Já no lado oposto e mais colonizado do país, são inúmeras as opções para o surfe e para o turista tradicional. Do sul, a poucos quilômetros da fronteira panamenha, fica a praia de Pavones, a onda mais extensa das Américas. Ou uma das. Em dias clássicos, com ondulação e vento certos, na mesma onda dá para surfar centenas de metros de parede para a esquerda.
Pavones está assentada na mesma região de Golfito. Lá do outro lado da baía de Golfito, outra surpresa se chama Matapalo. É um pedaço de terra inexplorado, uma região privilegiada geograficamente. Em direção ao norte, praias como Dominical, Jacó, Boca Barranca, diversos picos na região de Tamarindo, como Playa Negra, Langosta, Avellanas, é programa para todo tipo de freguês.
Menores, maiores, para a direita, para a esquerda, mais curtas, longas, em fundo de areia, que quebram sobre bancadas rasas... todas são ótimas opções. Ao contrário de seus vizinhos de América Central, a Costa Rica é um lugar ideal com infra-estrutrura e bons profissionais. Um país lindo, latino e tropical, com índices de civilidade de fazer inveja.


FERNANDO COSTA NETO jornalista, foi editor-chefe do jornal "Notícias Populares"


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