FÁTIMA GIGLIOTTI
DA REDAÇÃO

DOIS HERÓIS, duas épocas, dois diretores veteranos do gênero e dois astros de Hollywood: não falta nada para "O 13º Guerreiro" e "Inferno" fazerem uma boa dobradinha de pipoca (ainda que de microondas) e diversão. Antonio Banderas é o herói de "13º Guerreiro". Após o sucesso de "A Máscara do Zorro", agora ele é um diplomata muçulmano expulso de Bagdá por cobiçar a mulher de outro homem. Acaba sendo o décimo terceiro do bando de viquingues durões que, no século 10, em plena Idade Média, vai tentar salvar uma apavorada comunidade do ataque de ferozes (feras ou homens?) inimigos. A espada é a lei, que, no filme, é ditada pelo diretor John McTiernan, responsável pelo sucesso de blockbusters como "Duro de Matar", e, à distância, por Michael Crichton (o escritor por trás de "Jurassic Park"), que reescreveu a novela curta "Devoradores de Corpos". McTiernan filma os combates entre viquingues e criaturas com acentuação épica, técnica impecável, sangue e golpes que elevam o nível de adrenalina às alturas, para macho nenhum botar defeito. E o que falar de Eddie Lomax, o machão vingador sem ética que Jean-Claude Van Damme interpreta em "Inferno"? Sob a direção de John G. Avildsen (ganhador do Oscar por "Rocky" e de milhões com a série "Karatê Kid"), Van Damme vai ao encontro de seu melhor amigo, o índio Johnny (Danny Trejo), que vive no meio do deserto, para pedir a "benção" dele para o seu suicídio. Mas, no meio do caminho, roubam a moto dele, que seria o presente para o amigo. Pronto: isso já é motivo para o astro das artes marciais distribuir tiros, socos e golpes de pernas nos ladrões, que são também traficantes e dominam pelo terror a pequena comunidade local. Pancadaria em grande estilo. Van Damme vira o vingador dos oprimidos, em sua maioria velhos e mulheres (uma delas o leva para a cama, claro, ocasião em que ele exibe o seu modelado traseiro, para mulher nenhuma botar defeito).