São Paulo, domingo, 03 de novembro de 2002

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Saiba mais sobre as séries que estréiam neste mês e veja quais as preferidas do público nos EUA

As novas de novembro

Divulgação
As três jovens advogadas de "Girls Club, que querem deixar sua marca no Judiciário


SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK

CHEGOU de novo aquela época do ano. Semanas depois de os telespectadores ficarem atiçados e curiosos com as notícias que vêm dos EUA sobre a nova temporada de séries velhas e as estréias de séries novas, as TVs pagas do Brasil anunciam seus pacotes. E bote telespectador aí. São 3,5 milhões de pessoas, um universo que, apesar de não crescer há pelo menos dois anos, não é nada desprezível para o mercado publicitário. Principalmente quando se leva em conta que 42% das famílias de classe A e B têm TV paga no Brasil, segundo dados recentes do Ibope. O difícil é separar o joio do trigo entre as novidades. Só na última temporada norte-americana estrearam 38 novos programas, dos quais pelos menos 15 chegam ao Brasil. "Menos da metade vai sobreviver até o final do ano", diz John Rash, da empresa de pesquisa de mídia Campbell Mithun. Entre as boas novas está "CSI: Miami", franquia do ultra-sucesso "CSI", que trouxe de volta à TV o ruivo David Caruso e atraiu um recorde de 22 milhões de telespectadores em sua estréia nos EUA. Seu irmão mais velho vem batendo constantemente até "Friends". Coloque também na lista: * "Fastlane", que rejuvenesce o gênero policial e teve o primeiro episódio (imperdível) dirigido por McG, de "As Panteras"; * a baseada nos quadrinhos "Birds of Prey", com seu improvável enredo (filha bastarda de Batman com Batwoman se une a uma ex-Batgirl paraplégica para combater o crime); * "Girls Club", do mesmo criador de "Ally McBeal" e "Boston Club", que infelizmente foi cancelada nos EUA em seu terceiro capítulo; * e "Less Than Perfect", que tem o mérito de colocar "gente como a gente" nas telas de TV.

As de sempre
Entre as de sempre, a estrela absoluta continua sendo "Friends", que no último episódio da oitava temporada havia deixado no ar a dúvida: Rachel (Jennifer Aniston) havia dito "sim" para o que ela entendeu ser um pedido de casamento de Joey (Matt LeBlanc) ou não?
A resposta é... Bem, você vai assistir no Warner brasileiro nesta terça-feira, às 21h. O fato é que o verdadeiro mistério ninguém respondeu ainda: a série acaba mesmo neste ano, em sua nona temporada, ou emenda a décima?
O sexteto de atores diz que é a última, mas a audiência vem provando o contrário. "Friends" estreou em primeiro lugar nos EUA em outubro, mesma posição que havia deixado quando do fim da temporada, no início do ano. "Continua sendo nosso principal produto e faremos tudo para mantê-lo", disse recentemente Jerry Zucker, da NBC.
Dois problemas, no entanto, rondam a série. O primeiro é que, passada a euforia da estréia, "Friends" vem perdendo sucessivamente para "CSI" e "E.R.". O segundo é que a trama mostra sinais evidentes de cansaço, mesmo com a chegada de Paul Rudd (de "As Patricinhas de Beverly Hills") para ser o namorado de Phoebe (Lisa Kudrow).
Do resto do pacote, destacam-se "Everybody Loves Raymond", vitaminada pelos Emmys que recebeu, "The King of Queens" e "That" 70s Show", as mais engraçadas sitcoms no ar hoje, e "Scrubs", que tem toda a pinta de ser mesmo a sucessora de "Friends", caso esta acabe.
E pela bola sete estão "Dawson's Creek", provavelmente em sua última temporada, "The Drew Carey Show" e "Frasier", todos perdendo até 50% da maior audiência que já tiveram nos áureos tempos. Até a aparentemente intocável "The West Wing", uma das séries mais premiadas da história, começa a fazer água depois de politizar demais seu discurso.



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