São Paulo, Domingo, 04 de Julho de 1999
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TV NO MUNDO
Estudo mostra que hoje há mais atrações educativas; Internet gera maior preocupação nos pais
Programação infantil melhora nos EUA

das agências internacionais

As regras estipuladas pelo governo norte-americano para incrementar a quantidade e a qualidade da programação dedicada às crianças na TV estão fazendo efeito, ainda que modestamente, segundo estudo divulgado na última semana nos EUA.
Hoje em dia, mais programas têm conteúdo "enriquecedor" e há uma menor porcentagem de atrações "de baixa qualidade" (inapropriados para crianças) em relação ao que se via na TV há quatro anos, segundo relatório do Annenberg Public Policy Center.
De acordo com as tais regras do governo, as emissoras devem exibir um mínimo de três horas semanais de programação educativa, e os programas devem obedecer a um sistema de classificação, que alerta quando a atração contém cenas de sexo, violência, consumo de drogas e/ou linguagem chula.
Mesmo detectando uma melhora, o estudo revela que parte da programação infantil ainda contém erros de classificação. 28% dos programas não estão sendo rotulados como violentos, apesar de conterem cenas fortes nesse item.
Considerando-se a programação da TV paga e da TV aberta, o tempo total ocupado por programas destinados às crianças cresceu 12%.
O estudo constatou ainda que uma criança norte-americana gasta em média 4,3 horas por dia em frente à TV -assistindo a programas, vendo vídeos ou jogando videogame.
Nas casas com renda anual superior a US$ 75 mil (cerca de R$ 135 mil), a maior preocupação dos pais não é mais com o conteúdo dos programas infantis da TV, mas com o que as crianças podem acessar via Internet.
Nesses domicílios, há uma porcentagem maior de conexões com a Internet (72,1%) do que de assinaturas de jornal (67%). A TV ainda é a mídia mais comum (ela está presente em mais de 98% dos lares).
Falta à programação uma capacidade de reforçar o conteúdo escolar. Quanto ao nível de informação das crianças norte-americanas, o estudo revela que elas ainda têm muito a aprender. Entre os garotos e garotas de 10 a 17 anos pesquisados, 67% conhecem os sapos da Budweiser, mas apenas 61% sabem o nome do vice-presidente dos EUA.



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