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MUNDO COR-DE-ROSA
TV Comunitária tem programa para comunidade homossexual; novela causa polêmica
Gays ganham espaço na TV
da Reportagem Local
Uálber e Edilberto na novela das oito. Teletubbies
pela manhã. Vera Verão na
"Praça é Nossa". E "Will
& Grace" na TV paga. Ícones gays aparecem cada
vez mais na programação
das emissoras.
Para engrossar o coro, a
TV Freguesia dedicou dez
minutos de seu programa
semanal para o programa
"Blue Space TV", exibido
no Canal Comunitário (canal 14 da Net).
Segundo Robson Cerqueira, 42, produtor do TV
Freguesia, o objetivo é
criar um espaço para denúncias, críticas e festas da
comunidade. "O programa tem shows de humor
que acontecem na casa noturna de São Paulo que dá
nome ao programa."
O próximo grande evento do programa será a cobertura da parada gay que
acontecerá na avenida
Paulista (São Paulo), no
próximo dia 27. O programa é exibido sempre aos
sábados, às 23h30. "Hoje
temos dez minutos, mas o
"Blue Space TV" pode passar para 25 minutos."
Mais gays
Apesar de educativa, a
série inglesa "Teletubbies", direcionada a crianças de 2 a 5 anos, causa polêmica. No Brasil, ninguém levantou bandeira
contra o personagem
Tinky Winky, mas em vários países alguns pais acusam o teletubbie roxo de
ser gay e servir de má influência às crianças.
Jerry Falwell, um reverendo televisivo dos EUA,
criticou o personagem estar em um programa infantil e o acusou de ser um
símbolo gay.
Tinky Winky é roxo, tem
uma antena triangular na
cabeça e ainda usa uma
bolsa cor-de-rosa. A cor
roxa e o triângulo são símbolos da militância gay.
Apesar da controvérsia,
o sucesso dos bonequinhos naquele país não é
abalado. A rede de lanchonetes Burger King acaba de
lançar o Tubby Custard,
um mingau que eles comem no desenho.
Polêmica
Mas o crescimento do
movimento gay na TV não
tem, necessariamente,
agradado entidades representantes brasileiras. Luiz
Mott, 53, presidente do
Grupo Gay da Bahia, entidade que existe há 19 anos,
acha que os gays na TV são
muito estereotipados.
"A dupla Uálber e Edilberto, de "Suave Veneno",
reforça o estereótipo do
gay palhaço, além de colocar Edilberto como um
"saco de pancadas".
O autor de "Suave Veneno", Aguinaldo Silva, rebate as críticas: "Não conheço ninguém que desaprove os personagens".
"Quanto o ativismo diz
coisas como essa é que o
preconceito aparece. O
Uálber é assim porque é
igual a mim. Se é ridículo,
eu também sou", declara.
(ALINE SORDILI)
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