|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TV paga apresenta uma tendência crescente de programas feitos no Brasil; investimentos financiam a produção de especiais e documentários, além da "tropicalização" de canais estrangeiros, processo que inclui a dublagem e a veiculação de vinhetas feitas especialmente para o brasileiro
A vez do produto nacional
ALEXANDRE MARON
da Reportagem Local
Nunca houve tantos programas brasileiros na TV
paga como agora. E a tendência é que a proporção
de produções nacionais
ainda siga crescendo. Mas
ainda predomina a programação importada.
Para se ter uma idéia dessa tendência, basta ver
que, há dois anos, o GNT
exibia seis programas nacionais. Neste mês, traz
onze em sua grade. A TVA,
por exemplo, não possuía
um canal como o Bravo
Brasil. Mas a campeã de
produção local é a Globo
News.
Os canais de esporte, como SporTV e ESPN Brasil,
gastam milhões de reais e
produzem a maior parte de
sua programação.
Canais de sinal aberto
como a Rede Globo e a
Bandeirantes, por exemplo, exibem pouco mais de
18 horas de produções originais por dia.
Na TVA, operadora que
chega a distribuir 54 canais
via cabo, o canal ESPN
Brasil produz cerca de 85%
da sua programação diária, cerca de 20 horas. O
Bravo Brasil, de 15% a
20%, não mais que 4 horas.
Para mostrar eventos esportivos 24 horas por dia, a
ESPN Brasil gasta cerca de
R$ 30 milhões por ano.
A HBO co-produz musicais, como "A Sede do
Peixe", de Milton Nascimento, exibido em 97 e
produções como o "Entertainment News", que
fala de cinema e música.
Além disso, exibe os três
filmes que recebem o Prêmio HBO Brasil de Cinema. O custo anual ultrapassa R$ 1 milhão.
O gerente de programação da HBO, Fernando Cardoso, diz que
a tendência é de aumento das produções
nacionais. "Mas não
houve pedidos de reprise dos filmes exibidos.
Também não há assinantes reclamando desses filmes."
Com até 64 canais, via
cabo, a NET alcança os
R$ 70 milhões em investimentos anuais em
programação brasileira, nos canais da programadora Globosat.
Desta soma, o SporTV
consome 70%.
Ano passado, esse
gasto foi de cerca de R$
60 milhões e, em 1999,
subirá mais 15%, segundo Alberto Pecegueiro, diretor-geral da
Globosat .
A programadora trabalha no Brasil com 15
canais e estréia no próximo dia 18, às 20h, o
Canal Brasil, totalmente dedicado à produção
audiovisual brasileira
(veja texto ao lado).
A tendência não é só
da programação nacional crescer. O assinante
deseja, segundo as programadoras, canais em
português, feitos para o
Brasil.
O Teleuno passou a
ser totalmente dublado,
e os canais Sony e Fox,
por exemplo, foram se
adequando com dublagens e legendas, além
das vinhetas feitas especialmente para o público brasileiro.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|