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TALENTO PRECOCE
Bia é a estrelinha de ""Filhas da Mãe"
CARLA MENEGHINI
FREE-LANCE PARA A FOLHA
"TRABALHAR é muito melhor
que ir à escola", diz Ana Beatriz
Cisneiros, 4, a pequena Amada de "As Filhas da Mãe" (Globo, 19h), que considera
Regina Casé como sua segunda mãe. A
número um continua sendo Carla Verônica Cisneiros, 22, a "mãe má", segundo
Ana Beatriz -a "mãe boa" é a atriz que
interpreta Rosalva na novela. "A mamãe
é de verdade, mas me dá bronca; a Regina é de mentira, mas me dá presente",
diz Bia, como gosta de ser chamada.
Selecionada entre sete meninas de sua
faixa etária, Ana Beatriz é o "xodó" do
elenco de "As Filhas da Mãe". A atriz
Priscila Fantin, 18, que faz papel de Joana, irmã de Amada, diz que "ela traz um
clima descontraído para as gravações".
Segundo Priscila, Bia nunca chora,
nem tem dificuldade em memorizar suas
falas e marcações. "Ela, inclusive, nos
lembra as nossas falas", brinca.
O diretor geral da novela, Jorge Fernando, só se refere a Ana Beatriz como
"minha estrelinha". Em contrapartida,
ela só o chama pelo apelido "o sono",
que nasceu num dos primeiros dias de
gravação, numa cena em que a menina
devia fingir estar dormindo. Jorge, para
convencê-la a fechar os olhos, disse com
voz grave: "Eu sou o sono".
Além se referir a Regina Casé como
mãe e a Priscila Fantin como irmã, Bia
afirma que os galãs Thiago Lacerda e
Reynaldo Gianecchini são seus namorados. Mas Carla Cisneiros lembra à filha,
todo o tempo, que tudo que acontece durante as gravações não passa de "teatrinho" e que um dia vai acabar.
Outro cuidado da mãe é ter sempre na
bolsa uma declaração de que Ana Beatriz
estuda regularmente, para evitar possíveis complicações com o juiz Siro Darlan, da 1ª Vara da Infância e da Juventude. Darlan vetou a participação de crianças na novela "Laços de Família", em
2000, sob a justificativa de que o trabalho
as sobrecarregava.
A pequena atriz cursa o primeiro ano
do jardim de infância no colégio Nossa
Senhora do Carmo, em Teresópolis (RJ),
onde mora com seus pais há três anos.
Ela recebe acompanhamento psicológico e aulas de apoio para compensar as
faltas dos dias de gravação -que acontecem duas ou três vezes por semana.
Segundo a mãe, Ana é uma aluna aplicada e calma -apesar de não ter parado
quieta por um único minuto durante entrevista ao TV Folha. "Eu já sei até dar
autógrafo", diz Ana Beatriz, enquanto
rabisca seu nome na capa de uma revista.
Quem teve que largar os estudos foi a
mãe, que cursava o primeiro ano do segundo grau e agora se dedica integralmente a acompanhar as gravações e a
ajudar a filha a decorar suas falas.
Desde bebê -o que não faz tanto tempo-, a principal diversão de Ana Beatriz
é assistir televisão, principalmente novelas e desenhos animados - "As Meninas
Superpoderosas" é seu preferido. "Ela
não perde nem um capítulo de "As Filhas
da Mãe", e, quando se vê na televisão, sai
gritando pela casa: "Sou eu! Sou eu!'",
conta Carla.
A família pretende se mudar em breve
para a cidade do Rio de Janeiro, para ficar mais próxima de novas oportunidades de trabalho que podem surgir para
Ana Beatriz. "Não vou deixar que a carreira dela termine junto com a novela",
afirma Carla Cisneros.
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