São Paulo, domingo, 15 de julho de 2001

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ENQUETV

Para leitores, TVs mostram violência demais

DA REDAÇÃO

Segundo os leitores que participaram da enquete proposta no número anterior do TV Folha, a violência apresentada na programação das emissoras abertas é excessiva.
Das 932 pessoas que opinaram, por telefone, fax, carta ou pelo site da Folha Online, 648 (69,5%) acham além da conta as cenas com conteúdo violento exibidas diariamente.
Entretanto, considerando-se apenas os leitores que participaram da enquete por telefone, ocorre o oposto, apesar da pequena diferença: 183 crêem ser a violência da TV apenas um reflexo da realidade, contra 178 que vêem excesso.
Flávio Henrique Costa Pereira, de Campinas (SP), está entre os que acham que há exagero. Para ele, as imagens violentas na televisão acabam por banalizar o tema, principalmente entre as crianças. "É fácil ver o assombro de uma criança diante da primeira cena de violência, mas, com o passar do tempo, isso deixa de produzir qualquer reação de comoção", afirmou.
Segundo Joyce Alves de Souza, de Santos (SP), há tanto a violência quanto as ações construtivas na vida real, mas a TV só se preocupa em dar destaque para o lado ruim. "Quando ligamos a televisão, parece que estamos no inferno."
Já para uma internauta identificada apenas como Gaby, do Rio de Janeiro, é "mais que normal a violência na televisão". Segundo ela, a programação é influenciada pelo que acontece no dia-a-dia do país, não interferindo diretamente no cotidiano das pessoas. "A TV é somente um "preview" do que encontramos todos os dias nas ruas", declarou.
Independentemente da discordância, para quase todos os leitores que registraram opinião no mural da Folha Online, a violência só existe na televisão para aumentar a audiência.
"A violência na TV aberta é usada como um produto qualquer, gera ibope e lucros. Portanto, vai continuar a ser levada ao ar, a não ser que a sociedade faça com que as emissoras entendam que o produto não interessa, deixando de consumi-lo. Sem telespectador, sem ibope, sem lucro, há nova programação", escreveu Maria de Fátima Lima, de São Luís (MA).


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