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Os apresentadores do dominical "Antena Paulista", da Rede Globo

ALINE SORDILI
da Reportagem Local

Consagrado em casas noturnas de Nova York, o estilo lounge parece ter impregnado os programas de TV. Um ou vários sofás tomam conta dos cenários para deixar o entrevistado muito confortável.
Até mesmo apresentadores de jornalísticos, como o "Bom Dia Brasil", o "São Paulo Já" e o recém-criado "Antena Paulista" -todos da Globo-, entrevistam os convidados em salas de estar.
O estilo lounge começou por acaso no Brasil. Em 68, Nilton Travesso, hoje superintendente artístico da Bandeirantes, levou sofás para o programa de Hebe Camargo. O objetivo era deixar as pessoas -que não eram nada famosas- "ambientadas", diz Aurora Prado, diretora.
Hoje, o móvel do programa é modulado, crescendo de acordo com o total de convidados. "Já recebemos até 22 pessoas."
A CNT/Gazeta pode ser considerada a campeã do estilo. Tem quatro programas com sofá e estreará mais um -o do cantor Ronnie Von, no dia 24.
Há 16 anos no ar, o "Mulheres" sempre teve a sua sala. "Entrevistar as pessoas em pé dá a impressão de que você está querendo mandá-la embora", pondera Ione Borges, apresentadora.
Já o "Em Revista", de Evê Sobral, deve trocar o sofá por duas poltronas. "Não queremos deixar o conforto de lado. Mas o programa foi para a tarde e vamos dar uma adaptada", diz o apresentador.
Com a proposta de imitar uma sala de estar, o "Nossa Língua Portuguesa", da Cultura, trocou a bancada por duas grandes poltronas criadas só para receber os convidados.
Na Record, o "Note & Anote" e o "Sem Limites pra Sonhar" são os programas que querem deixar os convidados à vontade. "No sofá, o entrevistado rende mais", diz Leonor Corrêa, diretora do programa de Fábio Jr.
Em seu matutino na Band, Amaury Jr. quis manter a descontração da noite. No "Manhã Mulher", Amaury recebe seus convidados em uma casa adaptada. "Os temas difíceis ficam mais claros."
No "Erótica MTV", o cenário quer criar um clima íntimo e descontraído. Tem uma cama redonda e almofadões. Parece um quarto. "É um ambiente onde as pessoas falam mais facilmente, já que o tema (sexo) é difícil", afirma Ric Ostrower, editor-chefe do núcleo de especiais.


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