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SITCOMS
Filial do estúdio norte-americano grava pilotos com 2 textos brasileiros;
Band volta a exibir as sitcoms em maio
Columbia prepara novas séries
ERIKA SALLUM
DA REPORTAGEM LOCAL
A PESAR de não ter sido um grande
sucesso de público em 99, as sitcoms
brasileiras produzidas pela Columbia
TriStar Internacional Television não estão com seus dias contados no país. Desde o final do ano passado, a produtora
vem gravando pilotos de novas séries,
agora não mais inspiradas em seriados
norte-americanos, mas, sim, com texto
cem por cento brasileiro.
Em 99, uma parceria entre a Bandeirantes e a Columbia viabilizou a produção de duas sitcoms (comédia de costumes), "A Guerra dos Pintos" e "Santo de
Casa...", baseadas nas americanas "Married... with Children" e "Who's the
Boss?", respectivamente. Exibidos pela
emissora inicialmente aos domingos, os
seriados tinham, em média, 4 pontos no
Ibope (cada ponto equivale a cerca de 80
mil telespectadores na Grande São Paulo), um a menos do que a meta da Band.
Após serem transferidas para o sábado,
as sitcoms foram perdendo audiência,
até que a direção da Band decidiu tirá-las
temporariamente do ar, apesar de ainda
haver 27 capítulos inéditos -foram gravados 52 episódios no total.
"Não entendemos essa experiência como um fracasso, mas um feliz começo.
Desenvolvemos uma dramaturgia e uma
equipe talentosa. Vamos prosseguir com
o projeto, mesmo que não seja mais com
a Band", afirma Iona de Macedo, vice-presidente de produção da Columbia para a América Latina. A empresa já desenvolveu essa estratégia de co-produção
em pelo menos 15 países. No Brasil, o investimento foi de US$ 8 milhões.
Criado por Iona e Tony Góes, "Poderosas" vai abordar o universo feminino, ao
narrar os encontros e desencontros de
quatro mulheres de idades e históricos
distintos, que decidem abrir um bufê. A
atriz Ingra Liberato participou do piloto
e pode vir a integrar o elenco da sitcom.
A outra série, criada por Marcos Bernstein, Melanie Dimantas e Mauro Lima, se
chama "Edifício Paraíso" e conta a saga
de dois jovens mineiros que herdam um
apartamento do pai em Copacabana, no
Rio. "Eles pensam que tudo será maravilhoso, mas encontram vizinhos bem
pouco normais", diz Iona. Monique
Evans, que atuou no piloto, está cotada
para viver uma dessas vizinhas.
De acordo com Iona, as novas séries,
em vez dos 30 minutos habituais, devem
ser exibidas com uma hora de duração.
"Já no início recebemos queixas de que
as sitcoms eram muito curtas para os padrões brasileiros."
Ainda não está definido em qual emissora essas produções serão exibidas.
"Vamos começar a negociar, mas claro
que daremos preferência para a Bandeirantes", diz Iona.
O vice-presidente de televisão da Band,
Antônio Athayde, afirma que há interesse da emissora nos novos seriados. "Preciso ainda ver os pilotos, mas eles gravaram com o nosso equipamento e é óbvio
que poderemos vir a exibi-los", diz ele.
Segundo ele, "A Guerra dos Pintos" e
"Santo de Casa..." deram certo "em termos de programação, mas não de audiência". "Os domingos da Band são para o esporte. A mudança de horário até
ajudou a audiência das sitcoms."
Tiradas do ar no início deste ano, "A
Guerra dos Pintos" e "Santo de Casa" devem voltar à programação em maio.
"Ainda estamos decidindo se começamos a exibir tudo do início ou apenas os
episódios inéditos", afirma Athayde.
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