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Ex-coroinha, artista virou repórter policial aos 16
da Reportagem Local
Foi com uma armação
que Rodolfo Carlos de Almeida deu uma guinada
em sua carreira: a invenção do personagem ET.
Na época, setembro do
ano passado, Rodolfo trabalhava como repórter e
produtor do "Ratinho Livre", na Record. Acabou
convencendo seu vizinho
Cláudio Chirinhan, então
funcionário da Prefeitura
de Osasco, a "ficar famoso, aparecendo na TV".
Durante alguns dias, Rodolfo levou uma caixa ao
programa. Dizia que nela
havia um ET. Quando a
caixa foi aberta, o público
acabou gostando do personagem, que ficou.
Com o parceiro, Rodolfo
se mudou para o SBT, onde ganha R$ 20 mil mensais -ET recebe R$ 11 mil.
Também com Chirinhan, Rodolfo gravou um
CD, que já vendeu 300 mil
cópias, e se prepara para
um segundo. A dupla faz
uma média de 12 shows
por mês, com cachês de R$
15 mil, e virou marca de
produtos.
Rodolfo, que até seis meses atrás morava em um
apartamento em Osasco,
vive agora em uma casa no
condomínio Aldeia da Serra, em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo.
O artista também comprou uma casa em Peruíbe
e ostenta na garagem uma
perua Gran Caravan, da
Chrysler, com película nos
vidros e logotipo do SBT
no pára-brisas -"para
furar comandos".
A Gran Caravan tem placas ETN-1970. Na garagem, também há uma moto, placas ETT-1970 (os
números são o ano de seu
nascimento). Fascinado
pelo tema, Rodolfo tem
quatro ETs de brinquedo.
Coroinha
Filho de escrevente de
cartório e dona-de-casa,
Rodolfo tem três irmãos e
vem de uma família muito
grande. Seu avô, Altimimo
Ribeiro de Almeida (mesmo nome do seu pai), que
ganhava a vida como o palhaço Pirulito, teve 26 filhos -18 estão vivos.
Rodolfo foi coroinha de
igreja durante sete anos.
Seus pais queriam que ele
fosse padre. "Eu frequentei o seminário durante
duas semanas e fugi pela
janela", diz.
Sua mãe, Antonia da Penha de Almeida, 48, conta
uma história diferente.
"Ele apenas fez testes vocacionais para ser padre
durante dois fins-de-semana, mas viu que não era
o que queria", lembra.
Depois de fazer bicos como vendedor de água sanitária, Rodolfo, aos 16 anos,
foi trabalhar como repórter policial do "Diário de
Osasco".
Trabalhou também em
rádios populares e foi produtor do "Aqui Agora",
no SBT, no qual gravava
reportagens policiais para
Gil Gomes. "Eu entrevistava os bandidos e depois,
na emissora, faziam uma
colagem com a imagem do
Gil Gomes."
Em 96, depois de uma
nova passagem pelo "Diário de Osasco", Rodolfo
voltou para a TV, no "190
Urgente!".
(DC)
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