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O ator Cacá Carvalho, 45, foi buscar "um fragmento" de sua vida, "na época em que tinha a esperança do primeiro amor", para compor Jamanta, seu personagem em "Torre de Babel", novela da Globo.
Jamanta é um agregado da família de Agenor (Juca de Oliveira), pai de Clementino (Tony Ramos). Foi abandonado no ferro-velho de Agenor e criado por ele. É um tipo ingênuo, frágil, quase bobo.
Cacá faz questão de avisar que o personagem "não é doido, como pode parecer para muitos". "Ele apenas olha o mundo com uma lógica diferente das pessoas comuns."
O amor platônico que Jamanta alimenta por Sandra (Adriana Esteves) pode levá-lo a atos violentos que não condizem com sua personalidade.
Por trás de todos os seus problemas, esconde muitos segredos e inteligência bem mais desenvolvida do que aparenta.
Cacá diz que não pode revelar os segredos. "O Jamanta é um presente que ganhei do Sílvio de Abreu (autor da novela)."
"Ele o criou especialmente para mim. Por isso merece ser desembrulhado com calma. Acho que só vou descobrir quem é o Jamanta no final da novela."
"Torre de Babel" é a primeira novela do ator e seu terceiro trabalho na TV. Até então, seus 29 anos de carreira -iniciada aos 16 anos, em Belém, sua cidade natal- foram dedicados ao teatro.
Em seu currículo existem trabalhos importantes, como a encenação de "Macunaíma", dirigida por Antunes Filho, em 1977, com a qual ficou em cartaz durante quatro anos.
"A vida é feita de esquinas que você dobra e que te levam para os caminhos que tem de seguir. "Macunaíma' foi um marco que revelou o meu caminho."
Desde a peça, Cacá dobrou muitas esquinas. A mais recente é a da televisão, que, segundo ele, "é principalmente a oportunidade de aprender uma nova maneira de usar as palavras e transitar num universo que praticamente desconheço".



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