São Paulo, Domingo, 23 de Janeiro de 2000


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LICENÇA-MATERNIDADE
Apresentadora, que está no sétimo mês de gravidez, só deve voltar ao ar em agosto, na Band
Silvia Poppovic gesta livro e ajuda a escolher substituta

ERIKA SALLUM
DA REPORTAGEM LOCAL

N A próxima terça, a apresentadora Silvia Poppovic completa 45 anos. Mãe de primeira viagem, está no sétimo mês de gravidez de sua filha, Ana, com o endocrinologista Marcello Bronstein.
No ar há oito anos na Bandeirantes com o "Programa Silvia Poppovic", exibido diariamente às 17h e com média de cinco pontos no Ibope (cada ponto equivale a cerca de 80 mil telespectadores na Grande São Paulo), atualmente ela aguarda que a emissora decida quem vai substituí-la durante sua licença-maternidade. A direção da Band está fazendo testes com Astrid Fontenelle, Luciana Bonafé, do Canal 21, e Carmem Cestari, do "Dia Dia Revista".
Enquanto isso, ela também se prepara para lançar um livro sobre assuntos polêmicos abordados em seu programa e planeja uma atração semanal no horário nobre.
  Você deixou quantos programas gravados antes de sair de licença na Band?
Não sei ao certo, mas trabalhei até o final do sexto mês (estou no início do sétimo). O mês de janeiro está todo mixado com os melhores programas e outros inéditos. Para fevereiro, ainda não tenho certeza do que vai acontecer, mas já estão sendo gravados pilotos com candidatas a me substituir neste período.
Quem são elas? Você está ajudando a selecioná-las? O programa continuará com seu nome na sua licença?
A Band está sendo muito elegante e tem me escutado sempre. Certamente na escolha final eles ouvirão minha opinião, mesmo porque vou continuar assinando o programa. Fazemos um programa com credibilidade, não dá para colocar qualquer pessoa só porque ela leva um jeitinho. É rede nacional, não dá. As pessoas têm falado: "Será que a Silvia tem medo de que entre uma substituta melhor do que ela?". É o contrário: quero alguém muito bom fazendo o programa, só me faltava perder a audiência. Não tenho uma candidata, mas estão sendo testadas a Astrid Fontenelle e a Luciana Bonafé, uma graça de menina do Canal 21, entre outras.
Tem se falado que a provável escolhida seria a Astrid. O que você acharia da decisão, já que ela tem um estilo próprio muito definido?
Não teria nenhum problema. Por um lado, esse estilo próprio conta muito a favor dela. Ela é versátil, conhece TV e certamente vai respeitar esse espaço construído por mim. O problema é meu público rejeitar, por isso é uma decisão que deve ser muito pensada. Se você põe a Astrid fazendo meu programa como ela fazia o dela, não vai dar certo. Eu falo com a dona-de-casa, com a família, e ela fala muito bem com o jovem. Mas, se ela quiser falar com um público mais amplo, vai conseguir, pois é uma excelente comunicadora. O importante é ter humildade para se comunicar.
E sua idéia de um programa noturno?
Devo voltar ao ar em agosto, provavelmente também fazendo esse programa da noite. Será um programa semanal, no horário nobre, que ainda vai começar a ser discutido. Poderá ser uma atração de música, entrevistas, "game show" ou "sofá". O sonho do Nilton Travesso (superintendente artístico da Bandeirantes) é fazer um programa sofisticado de música, com shows como há muito tempo a TV não vê. Seria muito legal ter orquestra ao vivo, corpo de baile, como era antigamente.
Mas não há muitos programas de música parecidos uns com os outros?
O que aconteceu com a popularização da TV é que esses grupos de pagode ocuparam toda a programação. As gravadoras é que mandam colocar lá três loiras e duas mulatas rebolando e pronto. E, se você recusa tal artista, a gravadora não deixa outros virem. Nossa intenção é fazer um programa totalmente diferente, mais sofisticado. Não será elitista, apenas bem-feito e bem-cuidado.
Em 99, você foi comentarista do Carnaval da Band. Muita gente criticou... Você faria isso novamente?
A Band me chamou para segurar a onda na última hora. Minha posição era complicada, pois os locutores já estavam escalados e falariam a partir das informações cedidas pelas escolas. E eu tinha de ficar lá fazendo comentários sobre o nada. Acho que as críticas surgiram por causa de um bairrismo da imprensa carioca. Foi a maior roubada do mundo, mas eu me diverti muito.
É verdade que você está preparando um livro?
Ele vai sair daqui a pouco. Convidei a Maria Tereza Pinheiro, do "Globo Repórter", para me ajudar a redigi-lo. Será sobre vários temas polêmicos que já abordei no meu programa, mas não pretendo ditar regras com ele.
Por que você decidiu ter filho após os 40?
Sempre tive o sonho de fazer uma família. Há um ano, no réveillon, estava num lugar lindo no Havaí com o Marcello e me deu uma baita crise. Pensei: "O que vem depois disso?". Aí pensei que queria mudar de problemas, ter uma vida diferente. Então decidi ter um filho.



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