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LICENÇA-MATERNIDADE
Apresentadora, que está no sétimo mês de gravidez, só deve voltar ao ar
em agosto, na Band
Silvia Poppovic gesta livro e ajuda a escolher substituta
ERIKA SALLUM
DA REPORTAGEM LOCAL
N A próxima terça, a apresentadora
Silvia Poppovic completa 45 anos.
Mãe de primeira viagem, está no sétimo
mês de gravidez de sua filha, Ana, com o
endocrinologista Marcello Bronstein.
No ar há oito anos na Bandeirantes
com o "Programa Silvia Poppovic", exibido diariamente às 17h e com média de
cinco pontos no Ibope (cada ponto equivale a cerca de 80 mil telespectadores na
Grande São Paulo), atualmente ela
aguarda que a emissora decida quem vai
substituí-la durante sua licença-maternidade. A direção da Band está fazendo testes com Astrid Fontenelle, Luciana Bonafé, do Canal 21, e Carmem Cestari, do
"Dia Dia Revista".
Enquanto isso, ela também se prepara
para lançar um livro sobre assuntos polêmicos abordados em seu programa e planeja uma atração semanal no horário nobre.
Você deixou quantos programas gravados antes de sair
de licença na Band?
Não sei ao certo, mas trabalhei até o final do sexto mês
(estou no início do sétimo). O mês de janeiro está todo
mixado com os melhores programas e outros inéditos.
Para fevereiro, ainda não tenho certeza do que vai acontecer, mas já estão sendo gravados pilotos com candidatas a me substituir neste período.
Quem são elas? Você está ajudando a selecioná-las? O
programa continuará com seu nome na sua licença?
A Band está sendo muito elegante e tem me escutado
sempre. Certamente na escolha final eles ouvirão minha
opinião, mesmo porque vou continuar assinando o
programa. Fazemos um programa com credibilidade,
não dá para colocar qualquer pessoa só porque ela leva
um jeitinho. É rede nacional, não dá. As pessoas têm falado: "Será que a Silvia tem medo de que entre uma
substituta melhor do que ela?". É o contrário: quero alguém muito bom fazendo o programa, só me faltava
perder a audiência. Não tenho uma candidata, mas estão sendo testadas a Astrid Fontenelle e a Luciana Bonafé, uma graça de menina do Canal 21, entre outras.
Tem se falado que a provável escolhida seria a Astrid. O
que você acharia da decisão, já que ela tem um estilo próprio muito definido?
Não teria nenhum problema. Por um lado, esse estilo
próprio conta muito a favor dela. Ela é versátil, conhece
TV e certamente vai respeitar esse espaço construído
por mim. O problema é meu público rejeitar, por isso é
uma decisão que deve ser muito pensada. Se você põe a
Astrid fazendo meu programa como ela fazia o dela,
não vai dar certo. Eu falo com a dona-de-casa, com a família, e ela fala muito bem com o jovem. Mas, se ela quiser falar com um público mais amplo,
vai conseguir, pois é uma excelente comunicadora. O importante é ter humildade para se comunicar.
E sua idéia de um programa noturno?
Devo voltar ao ar em agosto, provavelmente também fazendo esse programa
da noite. Será um programa semanal, no
horário nobre, que ainda vai começar a
ser discutido. Poderá ser uma atração de
música, entrevistas, "game show" ou
"sofá". O sonho do Nilton Travesso (superintendente artístico da Bandeirantes) é fazer um programa sofisticado de
música, com shows como há muito tempo a TV não vê. Seria muito legal ter orquestra ao vivo, corpo de baile, como
era antigamente.
Mas não há muitos programas de música parecidos uns com os outros?
O que aconteceu com a popularização
da TV é que esses grupos de pagode ocuparam toda a programação. As gravadoras é que mandam colocar lá três loiras e
duas mulatas rebolando e pronto. E, se
você recusa tal artista, a gravadora não
deixa outros virem. Nossa intenção é fazer um programa totalmente diferente,
mais sofisticado. Não será elitista, apenas bem-feito e bem-cuidado.
Em 99, você foi comentarista do Carnaval da Band. Muita gente criticou... Você
faria isso novamente?
A Band me chamou para segurar a onda na última hora. Minha posição era complicada, pois os locutores já
estavam escalados e falariam a partir das informações
cedidas pelas escolas. E eu tinha de ficar lá fazendo comentários sobre o nada. Acho que as críticas surgiram
por causa de um bairrismo da imprensa carioca. Foi a
maior roubada do mundo, mas eu me diverti muito.
É verdade que você está preparando um livro?
Ele vai sair daqui a pouco. Convidei a Maria Tereza Pinheiro, do "Globo Repórter", para me ajudar a redigi-lo. Será sobre vários temas polêmicos que já abordei no
meu programa, mas não pretendo ditar regras com ele.
Por que você decidiu ter filho após os 40?
Sempre tive o sonho de fazer uma família. Há um ano,
no réveillon, estava num lugar lindo no Havaí com o
Marcello e me deu uma baita crise. Pensei: "O que vem
depois disso?". Aí pensei que queria mudar de problemas, ter uma vida diferente. Então decidi ter um filho.
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