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MAKING OF
Modelos simulam sexo oral no novo clipe de Ivo Meirelles
da Reportagem Local
O nome do clipe é "Boquete", e na cena de abertura a modelo Marinara
Costa insinua uma proposta de sexo oral ao cantor Jorge Benjor. Assim começa o novo vídeo de divulgação de Ivo Meirelles e
o Funk'n Lata, mas nem
tudo é o que parece.
A abertura traz Marinara, no bar Mistura Fina (na
Lagoa, zona sul do Rio)
sendo servida por Bacalhau, integrante da banda
Planet Hemp. Benjor chega e a modelo pede a ele
que lhe "pague uma".
O cantor sinaliza para
Bacalhau, que traz uma
bebida fictícia cujo nome é
"Boquete". No rótulo, o
presidente norte-americano Bill Clinton fumando
um charuto.
"Queríamos brincar
com a idéia de que o sexo
oral é a verdadeira mania
do brasileiro", diz Ivo
Meirelles, o líder do grupo.
E a brincadeira vai longe.
A letra da música de Meirelles não tem duplos sentidos, descreve o ato tentando fazer graça. Depois
da cena inicial, várias mulheres simulam sexo oral
em diversas situações. No
carro, num barco ou a beira de uma piscina.
"Nos preocupamos em
nos cercar de mulheres lindas, algumas eram modelos, outras são do conjunto", explica Meirelles.
O presidente norte-americano não aparece só no
rótulo da bebida no início
do clipe. Um homem usa
uma máscara que é uma
caricatura de Clinton e
uma mulher, travestida de
Monica Lewinsky, se aproxima dele nas cenas finais.
Diferente de outros clipes produzidos pelo grupo
de Meirelles, "Boquete"
foi roteirizado pelo próprio compositor.
"Um clipe tem que vender uma música e eu sempre senti que faltava alguma coisa, embora nossos
outros clipes fossem muito
legais. Resolvi fazer do
meu jeito", conta.
O roteiro foi apenas esboçado em linhas gerais e
Meirelles levou a idéia a
André Buarque, da Elektra
Filmes. A produção consumiu duas semanas, locações em Mangaratiba (no
Estado do Rio) e custou
cerca de R$ 30 mil.
A desinibição das mulheres que aparecem na produção só foi conseguida
com uma restrição curiosa. A maior parte dos integrantes da banda não podia comparecer a nenhuma das filmagens, segundo
Meirelles.
"Eu queria descontrair
as meninas. Imagine aquele monte de homens vendo
todas aquelas moças seminuas? Só havia umas seis
pessoas no set."
Mas a cena mais polêmica mostra um padre pedindo perdão aos céus. A câmera desce e mostra uma
mulher, fantasiada de
"diabinha", praticando o
ato no clérigo. "O Clinton
não disse que, afinal de
contas, não é uma relação
sexual?", pergunta o compositor.
(ALEXANDRE MARON)
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