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PERFIL
SIMONE SPOLADORE
Nome: Simone Spoladore
Idade: 22
Nasceu em: 29/10/1978
Natural de: Curitiba (PR)
Cineastas favoritos: Ingmar Bergman e Hal Hartley
Dramaturgos preferidos: Shakespeare e Beckett
Longe do perfil modelo-e-atriz, Simone Spoladore é a revelação de "Os Maias", na qual
vive Maria Monforte. Diz só se interessar por
bons papéis, daí ter deixado de comparecer a
testes para as novelas "Terra Nostra" e "Andando nas Nuvens". "Acho que fiz o certo",
conta a curitibana, de 22 anos e seis de teatro
profissional. Spoladore é cria de Luiz Fernando Carvalho, que a escolheu para seu filme "Lavoura Arcaica" e para a minissérie.
CRISTIAN KLEIN
DA SUCURSAL DO RIO
Como você foi descoberta pela Globo?
Eu havia participado do longa-metragem "Lavoura Arcaica". O diretor do filme, Luiz Fernando Carvalho, me chamou para fazer um teste para "Os Maias"
e em apenas duas semanas já estava embarcando para as gravações em Portugal.
Eu nunca tinha viajado para o exterior.
Qual foi o impacto de fazer televisão pela primeira vez?
Em "Os Maias" tudo foi muito corrido.
Em "Lavoura Arcaica", pelo contrário,
passei seis meses aprendendo dança do
ventre e o elenco ficou dois meses fazendo laboratório numa fazenda de São José
das Três Ilhas (MG). A gente plantava, tirava leite de vaca, fazia pão árabe, era um mergulho grande na vida rural dos personagens do filme.
A estréia do longa foi adiada para aproveitar que seu rosto ficaria mais conhecido pelo público depois da minissérie?
Não. O Luiz Fernando nem queria que
eu fizesse "Os Maias", tentou me evitar
ao máximo. Seu objetivo era que o filme
guardasse alguma coisa nova. Mas mudei meu visual para a minissérie, coloquei lentes de contato azuis, meu cabelo
ficou cacheado, tudo para que as pessoas
enxergassem apenas a personagem Maria Monforte, que será bem diferente da
Ana, de "Lavoura Arcaica".
Como é seu papel no filme?
A Ana pertence a uma família de imigrantes libaneses e é apaixonada pelo irmão André (Selton Mello). A trama lembra a de "Os Maias", mas, agora, em vez
de ser a mãe de um casal de irmãos que
se amam, eu sou a própria incestuosa.
Como você explica os baixos índices de
audiência de "Os Maias"?
A minissérie tem um nível de qualidade e sofisticação que dificilmente foi
atingido até hoje na televisão. É uma busca pela sensibilidade. Se causou polêmica é porque se trata de uma coisa nova.
Sou apaixonada pelo resultado.
Você já havia sido sondada para algum
papel na televisão antes de "Os Maias"?
Fui convidada a fazer testes para as novelas "Terra Nostra" e "Andando na Nuvens", mas nem compareci. Não me interessei pelo trabalho e acho que fiz o certo.
Você parece ter a preocupação de não
ser apenas mais um rosto bonitinho na
TV. Que precauções tem tomado para que
isso não aconteça?
Tenho pensado bastante nisso. Minha
precaução é estudar e ter calma. Quero
continuar fazendo televisão, porque vou
aprender muito, mas sempre com critério na escolha dos personagens.
Você tem sido reconhecida nas ruas, o
assédio de fãs é grande?
Não muito. Mas as pessoas são simpáticas.
Como foi o começo de sua carreira?
Em Curitiba, fiz balé clássico dos 8 aos
16 anos. Aos 13, comecei a fazer cursos e
peças de teatro. Aos 16, me tornei profissional. Aos 18, estava em São Paulo e fiz o teste para "Lavoura Arcaica" e, no ano
seguinte, em 1998, foram as filmagens.
Que peças de destaque você fez em Curitiba?
"Agora É Que São Elas", baseada no romance de Paulo Leminski, com direção
de João Luiz Fiani; "Onde Estivestes de
Noite", baseada em contos de Clarice
Lispector, dirigida por Edson Bueno;
"Juventude", de Eugene O'Neill, uma
montagem de Felipe Hirsh; "Tudo o Que
Você Sabe Está Errado", com textos de
Descartes e Shakespeare; e "R", com textos de Einstein sobre a teoria da relatividade, ambas dirigidas por Fernando Kinas.
Quais outros projetos você tem pela
frente?
Há a possibilidade de um filme e uma
peça de teatro, mas não está nada acertado. Ambos seriam em São Paulo, embora eu queira me mudar para o Rio.
Que papel gostaria de fazer?
Só fiz uma cena como Ofélia, em Hamlet, mas eu queria interpretar o papel por
inteiro.
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