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VIOLÊNCIA
Irmã também foi ferida; acusado de ter feito os disparos é o dono do estabelecimento, na zona sul de São José
Estudante é morto dentro de bar em São José
da Folha Vale
O adolescente Hilquias Carneiro
dos Santos, 15, foi baleado na noite
de anteontem em frente a um bar
no Jardim Morumbi, na zona sul
de São José dos Campos.
O estudante foi atingido por dois
tiros -um no lado esquerdo do
peito e outro na altura do abdômen-, que teriam sido disparados pelo comerciante José Coimbra de Almeida, 39, dono do estabelecimento, por volta das 21h30.
Pelo menos 30 pessoas estavam no
bar no momento dos disparos.
De acordo com informações de
testemunhas colhidas pela Polícia
Militar, Hilquias teria tido um desentendimento com a mulher de
Almeida, Tania Maria Nogueira de
Almeida, 30, e uma terceira pessoa,
que seria uma cliente do bar.
A irmã de Hilquias, Rosângela
Carneiro dos Santos, 22, também
ficou ferida. Ela foi levada para o
pronto-socorro do Hospital Municipal e na tarde de ontem foi transferida para a Santa Casa.
Os irmãos estavam acompanhados da mãe, Rosiane Carneiro dos
Santos, 45, e do mecânico e amigo
da família H.S.N., 45.
Os quatro estavam voltando de
um sítio em Monteiro Lobato e
passaram na festa do Jardim Morumbi, que acontecia próxima ao
local, e no bar.
"Paramos por uns dez minutos
só para tomar alguma coisa. Quando foram atingidos, eles estavam
indo para o carro e eu ainda estava
no bar. Sem motivo nenhum e sem
falar nada, o José começou a atirar
de dentro do balcão mesmo", disse
H.S.N..
Ele afirmou ter ouvido quatro tiros. "Não houve nenhuma discussão, mas acho que o dono do bar
atirou para acertar."
O acusado pelo crime fugiu com
um carro logo depois. Até o início
da noite de ontem ele não havia sido localizado.
O adolescente chegou a ser socorrido no pronto-socorro do Parque Industrial, mas não resistiu
aos ferimentos.
Por acaso
O irmão de Hilquias, Peterson
Carneiro dos Santos, 26, disse
acreditar que o adolescente foi
atingido "por acaso". "Ele só estava passando por lá e não tinha envolvimento com a história."
Um amigo de Hilquias que não se
identificou afirmou que ele não
gostava de se envolver em discussões. "Nunca o vi brigando."
A maioria das pessoas que estiveram no velório ontem eram colegas de Hilquias, que estava na 8ª
série de uma escola estadual.
Segundo o delegado Paulo Procópio, que até ontem respondia
pelo 3º Distrito Policial e hoje assume a DIG (Delegacia de Investigações Gerais), o inquérito sobre o
caso deverá ser aberto hoje.
"Assim que o inquérito for instaurado, vamos consultar se o acusado já tinha antecedentes criminais", disse Procópio.
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