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ADMINISTRAÇÃO
Sem dinheiro, prefeito suspende, por tempo indeterminado, pagamento de dívida de cerca de R$ 16 mi
Paulo Ramos decreta moratória em Ubatuba
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE
O prefeito de Ubatuba, Paulo
Ramos (PFL), decretou moratória
por tempo indeterminado, suspendendo o pagamento de uma
dívida de pelo menos R$ 16 milhões com fornecedores da prefeitura e com o Fundo de Previdência dos Servidores Municipais.
A moratória foi divulgada ontem depois de um balanço administrativo preliminar feito na prefeitura. O prefeito informou, por
meio de sua assessoria de imprensa, que tomou a medida em razão
do comprometimento do caixa
municipal.
"A Secretaria das Finanças
identificou que os cofres municipais estão totalmente sem dinheiro nas contas dos bancos conveniados", diz trecho de nota oficial
divulgada ontem.
A avaliação do prefeito se baseou no levantamento feito pela
Secretaria das Finanças nas secretarias e departamentos, com o objetivo de investigar a situação na
qual seu antecessor, Zizinho Vigneron (PPS), deixou a administração da cidade.
A Secretaria das Finanças considerou a possibilidade de a dívida
ser ainda maior, já que alguns débitos não foram contabilizados
devido à dificuldade que a atual
gestão encontrou para ter acesso
aos processos contábeis.
Segundo Ramos, uma dívida de
cerca de R$ 10 milhões foi deixada
pela administração comandada
por Zizinho. O restante da dívida
seria formado por débitos com o
Fundo de Previdência dos Servidores Municipais (R$ 2 milhões) e
a Elektro (R$ 4 milhões).
Devido ao do rombo nas contas
da prefeitura, o pagamento do salário de dezembro dos servidores
públicos só poderá ser quitado
após o recolhimento da primeira
parcela do IPTU (Imposto Predial
e Territorial Urbano).
O prazo limite para o pagamento da primeira parcela do tributo
será dia 15 de janeiro. A prefeitura
só começou a emitir os carnês no
último dia 3. A cidade possui cerca de 35 mil contribuintes.
Cerca de 1.800 servidores públicos aguardam o recebimento dos
salários. Orçada em R$ 2 milhões,
a folha de pagamento ultrapassa o
teto de 54% do Orçamento previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Para equilibrar as finanças, serão demitidos funcionários, em
número que não foi divulgado
ontem pela prefeitura.
A nota ainda critica o sucateamento das instalações da prefeitura, que estaria "abandonada,
sem materiais de escritório, suja e
sem as mínimas condições de trabalho".
A prefeitura informou que o levantamento completo da situação
será concluído no período mínimo de 30 dias.
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