São José dos Campos, Quinta-feira, 05 de Abril de 2001

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AMBIENTE
Empresa mantém resíduos de mercúrio em São José; ação pede o fim da transferência de lixo tóxico de outras regiões
Ecosistema afirma ter aterro seguro

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O diretor comercial da Ecosistema Gerenciamento de Resíduos, João Gianesi, disse ontem à Folha que não vai se manifestar sobre a ação movida pelo Ministério Público contra a empresa, que, segundo ele, cumpre todas as determinações de órgãos ligados ao ambiente para depositar lixo tóxico em um aterro em São José dos Campos.
A ação do Ministério Público pede o fim da transferência do lixo tóxico de outras regiões do Estado para o aterro, no bairro Capão Grosso, zona leste de São José dos Campos.
"Não conhecemos o teor da ação movida pela Promotoria e, por isso, preferimos não nos pronunciar", disse o diretor.
Segundo Gianesi, o aterro da Ecosistema foi desenvolvido com "o que há de mais moderno" no mercado, o que garantiria que não há perigo de vazamento dos resíduos depositados.
"A população deveria agradecer por haver um aterro do porte do nosso. Se o país tivesse mais aterros com a tecnologia utilizada pela Ecosistema, os riscos seriam menores", afirmou Gianesi.
A empresa mantém no aterro 3.000 t de sulfeto de mercúrio da empresa Carbocloro, de Cubatão.
O diretor afirmou que não há risco de o sulfeto de mercúrio armazenado no aterro vazar.
Segundo ele, as valas da empresa têm uma camada impermeabilizante segura. A diretoria da Ecosistema não sabe se irá comparecer à audiência marcada para amanhã pela juíza Ediliz Claro de Oliveira Vicente, da 5ª Vara Cível de São José, que pretende ouvir a prefeitura e a empresa sobre a liminar requerida pelo Ministério Público. "O tempo irá dizer quem está com a razão nessa história", disse Gianesi.


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