São José dos Campos, Domingo, 05 de Dezembro de 1999


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ECONOMIA
Polêmica com a oposição sobre doação à Sermo levou o prefeito a mudar o programa neste ano
Guerra fiscal gera menos emprego



da Folha Vale

O programa de atração de indústrias adotado por Taubaté -principal política de geração de empregos do município- abriu apenas 38,19% dos postos de trabalho que prometeu.
De 1997 até hoje, durante a gestão do prefeito Antonio Mário Ortiz (PTB), 32 empresas que receberam áreas do município prometeram 4.484 postos de trabalho, mas apenas 1.713 foram gerados, segundo levantamento do Gein (Grupo de Expansão Industrial).
Outras 15 empresas, ainda em fase de instalação, prometem abrir 1.605 vagas, mas o próprio coordenador do Gein, Álvaro Staut Neto, admite que o número real de vagas poderá ser menor.
"A economia é dinâmica. Quando a empresa faz a proposta, a realidade é uma, mas ela pode mudar até a instalação."
Desde 1988, foram doadas 119 áreas dentro do programa. De acordo com o Gein, as empresas instaladas já geraram 7.072 empregos. Do total de doações, 43 ocorreram na atual gestão.
O programa foi alvo de polêmica no início do ano. Na ocasião, a prefeitura enviou projeto à Câmara doando uma área à Sermo do Brasil Ltda. na qual havia uma fábrica instalada, o que, segundo a oposição, seria ilegal.
"Eu considero essa crise fabricada. Nunca houve nenhum prejuízo ao erário público. Houve um projeto de lei malfeito, que foi corrigido. Não houve nada ilegal nem imoral", afirma Ortiz.
Segundo ele, a imagem do programa não ficou arranhada com o episódio. "O que houve foi um alerta ao governo de que o então Gein não estava sintonizado com as diretrizes do prefeito", disse sobre sua decisão de afastar os antigos membros do Gein após a polêmica envolvendo a Sermo.
"Agora, os projetos são elaborados pelo Gein e passam por uma assessoria especial para analisá-los antes de serem enviados à Câmara", afirmou Staut Neto sobre as mudanças tomadas após a crise.
Segundo Staut Neto, as empresas que ainda vão se instalar irão gerar investimentos de US$ 358 milhões -US$ 320 milhões apenas da Usiminas- e gerar US$ 31 milhões em impostos em dois anos. (JBS)

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