|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ECONOMIA
Polêmica com a oposição sobre doação à Sermo levou o prefeito a mudar o programa neste ano
Guerra fiscal gera menos emprego
da Folha Vale
O programa de atração de indústrias adotado por Taubaté
-principal política de geração de
empregos do município- abriu
apenas 38,19% dos postos de trabalho que prometeu.
De 1997 até hoje, durante a gestão do prefeito Antonio Mário
Ortiz (PTB), 32 empresas que receberam áreas do município prometeram 4.484 postos de trabalho, mas apenas 1.713 foram gerados, segundo levantamento do
Gein (Grupo de Expansão Industrial).
Outras 15 empresas, ainda em
fase de instalação, prometem
abrir 1.605 vagas, mas o próprio
coordenador do Gein, Álvaro
Staut Neto, admite que o número
real de vagas poderá ser menor.
"A economia é dinâmica. Quando a empresa faz a proposta, a
realidade é uma, mas ela pode
mudar até a instalação."
Desde 1988, foram doadas 119
áreas dentro do programa. De
acordo com o Gein, as empresas
instaladas já geraram 7.072 empregos. Do total de doações, 43
ocorreram na atual gestão.
O programa foi alvo de polêmica no início do ano. Na ocasião, a
prefeitura enviou projeto à Câmara doando uma área à Sermo do
Brasil Ltda. na qual havia uma fábrica instalada, o que, segundo a
oposição, seria ilegal.
"Eu considero essa crise fabricada. Nunca houve nenhum prejuízo ao erário público. Houve um
projeto de lei malfeito, que foi
corrigido. Não houve nada ilegal
nem imoral", afirma Ortiz.
Segundo ele, a imagem do programa não ficou arranhada com o
episódio. "O que houve foi um
alerta ao governo de que o então
Gein não estava sintonizado com
as diretrizes do prefeito", disse sobre sua decisão de afastar os antigos membros do Gein após a polêmica envolvendo a Sermo.
"Agora, os projetos são elaborados pelo Gein e passam por uma
assessoria especial para analisá-los antes de serem enviados à Câmara", afirmou Staut Neto sobre
as mudanças tomadas após a crise.
Segundo Staut Neto, as empresas que ainda vão se instalar irão
gerar investimentos de US$ 358
milhões -US$ 320 milhões apenas da Usiminas- e gerar US$ 31
milhões em impostos em dois
anos.
(JBS)
Texto Anterior: ICMS dobra em seis anos Próximo Texto: Programa incluirá condomínio Índice
|