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Cerca de 50 trabalhadores da empresa de eletroeletrônicos Gomi, de São José dos Campos, paralisaram as atividades ontem por 24 horas para reivindicar um aumento salarial de 10%.
O sindicato da categoria informou que a produção ficou 100% parada. A fábrica produz transformadores e bobinas, que são fornecidos para a Tecsat, também em São José.
Os trabalhadores exigem manutenção das cláusulas sociais e a redução da jornada de trabalho, que varia de 40 a 44 horas semanais, para 36 horas.
Cerca de uma hora e meia após o anúncio de greve, a empresa propôs um reajuste de 8% e a negociação do aumento do piso salarial em fevereiro de 2001.
Caso a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) estipule índice superior na negociação com as empresas de eletrônicos, a Gomi se compromete a pagar a diferença.
A proposta será votada hoje pelos trabalhadores em assembléia, às 8h30, quando a categoria define se mantém a greve.
O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Marco Antonio Ribeiro, disse que poderá haver paralisações de 24 horas nas empresas de eletrônicos e fundição esta semana.
Os funcionários do setor foram os únicos que ainda não conseguiram reajuste salarial.
Eles representam 10% da mão-de-obra empregada pela categoria no Vale do Paraíba, segundo o sindicato.
Os 80% restantes -cerca 25 mil empregados do setor de eletrônicos e automotivo- já tiveram aumento salarial de 10%.


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