da Folha Vale

A AEB (Agência Espacial Brasileira) e o Comando da Aeronáutica anunciaram o adiamento do lançamento do foguete VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites), programado para amanhã, pelo menos até a próxima sexta-feira.
A alteração teve de ser feita a partir de uma série de testes realizada na sexta-feira passada no centro de lançamento de Alcântara, que fica no Maranhão.
Durante a contagem regressiva simulada, quando estavam sendo avaliados os procedimentos a serem adotados no dia do lançamento, foi constatada a necessidade de ajustes no veículo.
O foguete VLS-1, segundo protótipo do modelo, foi desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço do CTA (Centro Técnico Aeroespacial), em São José dos Campos, e levará o Saci-2 (Satélite de Aplicações Científicas).
O satélite chegou à base de Alcântara no dia 28 de novembro (leia texto nesta página).

Almenara
O centro de comunicação da Aeronáutica informou que engenheiros e técnicos responsáveis pelo lançamento, denominado "Operação Almenara", intensificaram a análise dos dados obtidos nos testes para implementar medidas e visando assegurar alta probabilidade de êxito. Uma nova simulação da contagem regressiva está prevista para hoje.
O período previsto para o lançamento do foguete -a chamada "janela"- está entre os dias 7 e 20 deste mês. O VLS-1 pode ser lançado em qualquer dia desse intervalo, dependendo das condições climáticas e meteorológicas. Se esse prazo for vencido, pode haver necessidade de desmontagem do foguete, que já está em posição de lançamento.
Além de colocar em órbita o Saci-2, o objetivo é continuar o processo de qualificação do foguete e da base de Alcântara.
Um estudo norte-americano aponta que nos próximos dez anos haverá pelo menos cinco constelações de satélites de órbitas baixas para aplicações de comunicação e transferência de dados, além de crescimento expressivo do uso comercial dos aparelhos de sensoriamento remoto.
A pesquisa conclui que, para atendimento da demanda, deverão ser lançados de 9 a 12 veículos de lançamento de pequeno porte por ano.
Com a qualificação do VLS-1, o Brasil passaria a disputar uma parte desse mercado.
A confirmação dos problemas que causaram o adiamento deve acontecer a partir de hoje.


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