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Presidente da Tunísia por três décadas morre aos 97
da agências internacionais
O ex-presidente da Tunísia
Habib Bourguiba, que governou o país por três décadas,
morreu ontem, aos 97 anos, em
sua casa na cidade de Monastir
(ao sul de Túnis), onde nasceu.
Bourguiba foi presidente de
1957, ano em que a Tunísia tornou-se independente da França, a 1987, quando uma junta
médica o considerou incapaz
de continuar a governar.
O então primeiro-ministro
Zine al-Abidine Ben Ali assumiu o poder e acabou com a lei
da presidência vitalícia.
Ben Ali está no poder até hoje
(foi eleito diretamente em 1989
e reeleito em 1994).
Líder do movimento de libertação nacional, Bourguiba, que
era advogado, mudou as leis de
país em favor das mulheres:
deu a elas a possibilidade de
votar e ter direitos iguais aos
dos homens no divórcio, obrigando-os a pagar pensões alimentícias. O ex-presidente
também proibiu a poligamia e
o casamento antes dos 17 anos.
A política de direitos das mulheres instituída por Bourguiba
ainda é uma das mais progressivas entre os países islâmicos.
No início de seu governo
Bourguiba adotou políticas socialistas, que fracassaram. Na
década de 70, ele abriu a economia ao capital estrangeiro, o
que acelerou o desenvolvimento do setor privado na Tunísia.
Bourguiba vivia nos últimos
anos recluso em Monastir e só
recebia a visita de parentes e alguns amigos.
No mês passado, ele esteve
durante oito dias em um hospital militar em Túnis, para tratar
uma inflamação no sistema
respiratório.
O ex-presidente da Tunísia se
casou e se divorciou duas vezes
e teve um filho. O funeral será
realizado amanhã.
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