São José dos Campos, Quarta, 9 de setembro de 1998 |
Próximo Texto | Índice NEGÓCIOS Empresa eleva carteira de vendas para US$ 4 bilhões; BNDES vai financiar exportação para a American Eagle Embraer fecha contratos de US$ 2,5 bi
ROGER MARZOCHI da Reportagem Local A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), em São José dos Campos, anunciou ontem cinco novos contratos no valor total de US$ 2,5 bilhões que correspondem à venda de 186 aeronaves. Esse é o maior negócio realizado pela empresa desde junho de 97, quando foram vendidos 22 jatos ERJ-145 por US$ 1,4 bilhão. As novas comercializações foram firmadas anteontem durante o primeiro dia da Feira Internacional de Farnborough, na Inglaterra. Foi nessa mesma feira que a Embraer fechou um contrato de US$ 525 milhões em 96, com a Continental Express, marcando a volta da empresa à disputa pelo mercado internacional, com o modelo ERJ-145, de 50 lugares. Com os novos contratos, a Embraer apresenta uma carteira de vendas de US$ 4 bilhões, com 207 ordens firmes (contratos já fechados) e 219 opções de compra (intenções de negócio firmadas entre as empresas) do ERJ-145. Com relação ao modelo ERJ-135, com capacidade para 37 passageiros, são 145 encomendas firmes e 195 opções. A assessoria da Embraer informou que os novos negócios fortaleceram os projetos de crescimento da empresa. Nos próximos dois anos, estão previstos investimentos de US$ 60 milhões para a modernização da fábrica e a contratação de mil funcionários até setembro de 99. A unidade tem hoje 5.200 empregados. Novidades Além da Continental Express, que havia anunciado a compra de 25 jatos ERJ-145 anteontem, outras quatro companhias aéreas estão envolvidas na negociação. A norte-americana American Eagle fez a maior aquisição -no valor previsto de US$ 2 bilhões. São 150 jatos ERJ-135, sendo 75 encomendas firmes e 75 opções. Os primeiros aviões serão entregues em julho de 99 e os últimos em 2004. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou ontem que vai financiar as exportações da Embraer para a American Eagle. O Brasil está sendo investigado pela OMC (Organização Mundial do Comércio) devido às acusações da Bombardier, empresa canadense, de que o governo está subsidiando as exportações da Embraer. A francesa Flandre Air aumentou seu pedido para mais duas aeronaves, passando para dez encomendas firmes e outras dez opções. Já a National Jet Systems, da Austrália, adquiriu quatro aviões -duas encomendas firmes. A companhia de aviação Luxair, de Luxemburgo, pediu cinco jatos ERJ-145, aumentando as encomendas para sete firmes e duas opcionais. Próximo Texto | Índice |
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