da Folha Vale

Pelo menos 2.000 consultas marcadas em postos de saúde já foram adiadas devido à greve dos servidores de Jacareí, que entra hoje no terceiro dia. O setor está entre os mais afetados pela paralisação.
A assessoria da prefeitura informou ontem que vai descontar os dias parados dos servidores que não retornarem ao trabalho a partir de hoje. A administração não descarta a possibilidade de entrar com recurso na Justiça do Trabalho, pedindo ilegalidade da greve.
A direção do sindicato não se intimidou e promete ampliar a adesão hoje, com os servidores da educação. São cerca de 1.300 funcionários no setor.
Ontem, a prefeitura pagou o adiantamento para os 4.000 servidores, referente a fevereiro, e prometeu pagar hoje o restante do salário aos 1.878 servidores que recebem até R$ 274 líquido.
Os demais funcionários terão o pagamento integral "à medida que for entrando receita no município", segundo proposta apresentada anteontem pelo prefeito Benedicto Sérgio Lencioni (PSDB).
"Queremos pagamento integral para todos, independentemente de quanto ganha", disse Ricardo Della Hos, presidente do Sindicato dos Servidores de Jacareí. Ele estimou em 1.500 as adesões ontem, mas para a prefeitura o número não passa de 600.
O secretário do Governo, Carlos Amagai, pediu demissão anteontem por não concordar com o atraso no pagamento dos servidores. O prefeito não avaliou o pedido, mas Amagai deixou de comparecer ontem para trabalhar.
Além dos salários, os funcionários estão com as cestas básicas e o vale-transporte atrasados. A administração prometeu solucionar os dois casos ainda esta semana.
Sindicalistas e trabalhadores pretendiam passar à noite acampados em frente ao pátio da SSM (Secretaria dos Serviços Municipais) e da SOV (Secretaria de Obras e Viação), setores em que a adesão foi maior.
A prefeitura pediu reforço policial à tarde alegando bloqueio dos veículos de serviços essenciais. Ambulância, caminhão-pipa e transporte de merenda, no entanto, não foram afetados.



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