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ECONOMIA
Eles reivindicam o pagamento de hora extra
Petroleiros param atividade na região
free-lance para a Folha Vale
Funcionários da Revap (Refinaria Henrique Lage), em São José, e
do Tebar (Terminal Marítimo Almirante Barroso), em São Sebastião, paralisaram as atividades para protestar contra a falta de pagamento de hora extra por feriado
trabalhado.
O ato começou às 23h de anteontem, quando não houve a
troca de turnos, e acabaria ontem,
por volta das 23h, em São José.
Em São Sebastião, o movimento
teve início à 0h de ontem e iria até
a 0h de hoje.
Até as 19h30 de ontem, o movimento continuava. A produção
na refinaria não foi interrompida.
Na Revap trabalham 40 funcionários em cada turno. Apenas
quatro supervisores entraram ontem para trabalhar, segundo o
Sindipetro (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Destilação e Refinação de Petróleo).
Mauro de Almeida Rosa, diretor do Sindipetro de São José, disse que o turno que entrou às 15h
de anteontem ficaria na Revap até
as 23h de ontem, totalizando 32
horas de trabalho ininterruptas.
O presidente do sindicato de
São José, Jorge Antônio Cândido,
disse que ficou uma equipe de
prontidão, caso houvesse a necessidade de uma troca nos turnos
durante a mobilização.
No Tebar, cada turno possui
cerca de 12 pessoas. Em razão da
mobilização, elas devem ficar no
local por 40 horas.
O diretor do Sindipetro de São
Sebastião Marcos Vinícius Savino
Zanelli disse que foi protocolado
um documento no terminal informando de que qualquer acidente que ocorra no local é de responsabilidade da gerência, já que
os funcionários estão proibidos
de sair.
O técnico de sistemas industriais João Eugênio Avelar, que estava no Tebar ontem, disse que a
produção foi reduzida.
As gerências do Tebar e da Revap não foram localizadas ontem
à tarde para comentar a paralisação dos funcionários.
Histórico
Esta é a segunda manifestação
deste tipo que a categoria realiza
em feriados neste ano.
A medida foi aprovada durante
assembléia realizada em fevereiro, quando se discutiu o pagamento de hora extra em feriados,
que não vinha sendo efetuado
desde outubro de 98, tanto pela
refinaria como pelo terminal.
Cândido disse que a empresa
cortou o benefício sem dar esclarecimentos à categoria.
Em outros feriados, a empresa
chegou a iniciar a negociação sobre o caso, mas acabou informando que discutiria o problema no
dissídio da categoria, que acontece em setembro.
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