São José dos Campos, Sábado, 10 de julho de 1999

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ECONOMIA
Eles reivindicam o pagamento de hora extra
Petroleiros param atividade na região

free-lance para a Folha Vale

Funcionários da Revap (Refinaria Henrique Lage), em São José, e do Tebar (Terminal Marítimo Almirante Barroso), em São Sebastião, paralisaram as atividades para protestar contra a falta de pagamento de hora extra por feriado trabalhado.
O ato começou às 23h de anteontem, quando não houve a troca de turnos, e acabaria ontem, por volta das 23h, em São José. Em São Sebastião, o movimento teve início à 0h de ontem e iria até a 0h de hoje.
Até as 19h30 de ontem, o movimento continuava. A produção na refinaria não foi interrompida.
Na Revap trabalham 40 funcionários em cada turno. Apenas quatro supervisores entraram ontem para trabalhar, segundo o Sindipetro (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Destilação e Refinação de Petróleo).
Mauro de Almeida Rosa, diretor do Sindipetro de São José, disse que o turno que entrou às 15h de anteontem ficaria na Revap até as 23h de ontem, totalizando 32 horas de trabalho ininterruptas.
O presidente do sindicato de São José, Jorge Antônio Cândido, disse que ficou uma equipe de prontidão, caso houvesse a necessidade de uma troca nos turnos durante a mobilização.
No Tebar, cada turno possui cerca de 12 pessoas. Em razão da mobilização, elas devem ficar no local por 40 horas.
O diretor do Sindipetro de São Sebastião Marcos Vinícius Savino Zanelli disse que foi protocolado um documento no terminal informando de que qualquer acidente que ocorra no local é de responsabilidade da gerência, já que os funcionários estão proibidos de sair.
O técnico de sistemas industriais João Eugênio Avelar, que estava no Tebar ontem, disse que a produção foi reduzida.
As gerências do Tebar e da Revap não foram localizadas ontem à tarde para comentar a paralisação dos funcionários.

Histórico
Esta é a segunda manifestação deste tipo que a categoria realiza em feriados neste ano.
A medida foi aprovada durante assembléia realizada em fevereiro, quando se discutiu o pagamento de hora extra em feriados, que não vinha sendo efetuado desde outubro de 98, tanto pela refinaria como pelo terminal.
Cândido disse que a empresa cortou o benefício sem dar esclarecimentos à categoria.
Em outros feriados, a empresa chegou a iniciar a negociação sobre o caso, mas acabou informando que discutiria o problema no dissídio da categoria, que acontece em setembro.



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