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A secretária Cássia Cilene da Silva, 30, que voltou a trabalhar em uma importadora há cinco meses

VÂNIA CARVALHO
DA FOLHA VALE

O nível de emprego nas duas principais cidades do Vale do Paraíba -São José dos Campos e Taubaté- é o maior desde 1998.
As cidades tiveram um saldo positivo de 3.934 novos empregos nos cinco primeiros meses do ano. No mesmo período de 99, o saldo foi negativo em 2.302 vagas.
Em 1998, as duas cidades registraram uma variação positiva de 1.456 novas vagas de trabalho.
O setor de prestação de serviços foi o que gerou o maior número de empregos -2.120 novas vagas.
Os números fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.
De acordo com o órgão, entre janeiro e maio, foram admitidos 27.565 trabalhadores nas duas cidades e demitidos 23.631.
O maior número de vagas foi aberto em São José dos Campos (2.492), seguida por Taubaté (1.442).
A maior contribuição para a recuperação do emprego ocorreu no mês de maio, quando foram geradas 2.120 das vagas.
Economistas ouvidos pela Folha afirmaram que as vagas que estão sendo criadas agora não são suficientes para recuperar os níveis de emprego que a região tinha antes da crise.
O presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial), Paulo Saes, disse que a oferta de empregos foi beneficiada pelo crescimento das exportações no Vale do Paraíba.
"As exportações estão aquecidas e acabam levando os outros setores a incrementar a produção", disse Saes.

Representatividade
Segundo ele, as exportações do Vale representavam 11% do total do país em 98, passaram para 14% no ano passado e devem fechar 2000 representando 15%.
Para Saes, a oferta de empregos no setor de serviços é reflexo da injeção de recursos das empresas exportadoras.
A maior empresa exportadora do país é a Embraer, que desbancou a Vale do Rio Doce como a primeira companhia em vendas em exterior no ano passado.
As montadoras Volkswagen e GM (General Motors), que têm unidades respectivamente em Taubaté e São José dos Campos, também estão entre as principais exportadoras do país.

Virada
A supervisora do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador), Déborah Ikeda, disse que a virada no mercado começou há seis meses.
"Desde o início do último semestre, a oferta de vagas começou a crescer", afirmou.
Ela calcula que o número de vagas cresceu 30% em relação ao ano passado.
A expectativa de Déborah é que as contratações continuem a aumentar. Segundo ela, o setor que mais contratou nos últimos meses foi o de serviços, especialmente vendas e comércio.


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