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NARCOTRÁFICO
Traficante é tido como fundamental para esclarecer a relação de Tony com o tráfico de drogas
CPI vai convocar "Serjão" para depor
da Folha Vale
A CPI do Narcotráfico federal vai
convocar Sérgio Silva dos Santos, conhecido como "Serjão", apontado pela
polícia como líder do tráfico na
favela Santa Cruz, em São José
dos Campos, para prestar depoimento nesta semana em Brasília.
O pedido será feito pelo deputado federal Celso Russomano
(PPB-SP), sub-relator da comissão em São Paulo, e terá a concordância do presidente da CPI,
Magno Malta (PTB-ES).
"Se tivermos tempo hábil, ele
será convocado", disse Malta.
A CPI se encerra no dia 9 de
maio e não pode mais ser prorrogada.
O depoimento de Serjão é considerado fundamental pela CPI
para esclarecer qual é o envolvimento do comerciante de carros
Antonio de Pádua Costa Maia, o
Tony, com o tráfico de drogas no
Vale do Paraíba e litoral norte.
Serjão seria o único vivo entre
os três supostos traficantes que tinham relação com Tony. Outros
dois -Carlos Donizete Domingos Ferreira, o "Carlinhos Frangão", e Bruno Leonardi Júnior, foram assassinados.
"As denúncias que chegaram
dizem que esses três recebiam ordens do Tony. Vamos continuar
apurando os fatos", disse Russomano. Tony foi acusado pelo deputado Robson Tuma (PFL-SP)
de ser o líder do tráfico na região.
Na sexta-feira, durante acareação, o motorista Jorge Meres também apontou uma conexão entre
Tony e o empresário William Sozza, acusado de comandar o roubo
de cargas na região de Campinas.
Sozza teria comprado no final
de 97 dois carros de Tony. "Os
dois carros eram roubados e foram pagos também com mercadorias roubadas", disse Meres.
O empresário negou envolvimento com tráfico de drogas e
disse conhecer Serjão apenas por
reportagens na imprensa. Já Leonardi foi seu empregado por um
ano e meio e foi encontrado morto. Para Frangão, Tony disse ter
vendido "três ou quatro carros".
A CPI também vai convocar para depor em Brasília o empresário
Ari Natalino, dono da Petroforte,
para explicar porque um avião da
empresa, que fez aterrissagem
forçada em Pindamonhangaba
há cerca de um mês, levava R$ 600
mil em dinheiro.
O empresário foi convocado para depor em São Paulo, em duas
oportunidades, mas não compareceu. Ele enviou atestado médico
dizendo que não poderia falar na
presença de muita gente.
"Concordamos que o depoimento fosse reservado, mas mesmo assim ele não apareceu. Vamos chamá-lo de novo porque ele
tem o que dizer", disse Malta.
Segundo ele, o dinheiro encontrado era proveniente da venda de
drogas no litoral norte durante o
Carnaval. A distribuição da droga
pelo Vale e litoral norte estaria
sendo feita a partir de São José.
A droga também teria como
destino o Rio de Janeiro.
Russomano disse que o tráfico
na região está sendo investigado
pela Polícia Civil e pelo serviço especial da Polícia Federal.
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