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ESTRADAS
Prefeitura estuda instalação de lombadas eletrônicas
Acordo municipaliza rodovias em Caraguá
free-lance para a Folha Vale
A Prefeitura de Caraguatatuba e
o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) estão próximos
de fechar um acordo para municipalizar a conservação das rodovias que passam pela cidade, que
devem ganhar pelo menos três
lombadas eletrônicas.
Anteontem, a Câmara aprovou
o projeto que permite à prefeitura
receber do DER, por meio de convênio, a permissão de uso de 15
quilômetros das rodovias Manoel
Hipólito do Rego (SP-55) e dos
Tamoios (SP-99).
Segundo o DER, o processo de
municipalização está sendo analisado pela diretoria do órgão e deve ser referendado.
Devem passar à prefeitura o trecho da SP-55 entre as pontes dos
rios Guaxinduba e Juqueriquerê e
o da SP-99, do Recanto da Anna
ao trevo da cidade.
O convênio vai permitir que a
prefeitura, além de realizar a manutenção das rodovias, assuma a
fiscalização do trânsito em todo o
trecho, o que hoje cabe à Polícia
Rodoviária Estadual.
O prefeito Antonio Carlos da
Silva (PSDB) afirmou ontem que
pretende recuperar os 15 quilômetros das rodovias e instalar as
lombadas assim que o convênio
estiver firmado.
O dispositivo flagra eletronicamente para a aplicação de multas
os motoristas que excederem a
velocidade máxima permitida.
Como o trânsito é municipalizado em Caraguatatuba, o produto arrecadado com as multas ficará com a prefeitura.
"O problema é que o DER fica
muito longe de Caraguatatuba, o
que dificulta a manutenção. O estado das rodovias é ruim. O que
queremos é melhorar as condições das estradas", afirmou o prefeito.
Oposição
O vereador Roberto Commans
(PT), que votou contra o projeto,
contestou as razões apresentadas
pelo prefeito para assumir as rodovias.
"As estradas são do Estado, que
tem a obrigação de cuidar delas. O
que o prefeito pretende é ter mais
lombadas para aumentar a "indústria da multa", afirmou o vereador.
A Ditran (Divisão de Trânsito)
aplicou 2.861 multas de velocidade no primeiro trimestre do ano,
o que deve resultar em uma receita de R$ 1,25 milhão, de acordo
com cálculos do vereador.
Para o prefeito, as acusações
contrariam a disposição da prefeitura de aplicar as regras do novo Código de Trânsito Brasileiro e
de punir os infratores.
"Essa visão do vereador é equivocada. O que precisa acabar é a
"indústria das infrações"', disse
Silva.
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